Os dados foram revelados pela directora do Gabinete Provincial da Educação da Huíla, Paula Joaquim, que valorizou o aumento das novas infra-estruturas de ensino e minimizou o absentismo escolar.

As salas de aula, construídas em seis anos, contemplam os municípios do Lubango, Chibia, Humpata, Gambos, Jamba, Matala, Cacula, Cuvango,Caconda, Caluquembe, Quipungo, Quilengues, Chicomba e Chipindo.

O empenho das autoridades da província da Huíla consiste em reduzir, substancialmente, as mais de 3.900 turmas que funcionavam ao ar livre, e na sua maioria sem condições adequadas para acomodar condignamente os professores e alunos.

Paula Joaquim disse que a construção e o apetrechamento das salas de aula fazem com que mais de 20.000 professores e 750 auxiliares de limpeza melhorem as condições de trabalho, assim como se reduz o índice de desistência e reprovação dos alunos.

Associada ao processo de melhoria das condições, o Jornal de Angola  apurou que a distribuição da merenda escolar, tem sido um factor motivador para os alunos frequentarem as aulas, sobretudo os da iniciação e primeira classe.

A directora reconheceu que a materialização com êxito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM),  Programa de Combate à Pobreza, entre outras acções, construiram  infra-estruturas escolares, na sua maioria, com laboratórios equipados, que estão a permitir aliar a teoria à prática nas disciplinas de Química, Física, Geografia e Educação Manual e Plástica.

Paula Joaquim revelou que a reactivação das actividades extra-escolares permite ocupar os alunos e melhorar a assimilação dos conteúdos.

 Necessidade de mais salas

As antigas e actuais infra-estruturas escolares ainda não correspondem com a demanda, face ao aumento considerável do número de alunos a cada ano lectivo.

O activista social, Mariano Kwelala, considerou que o aumento da procura por uma vaga nas escolas da Huíla, tem a ver com o facto de a maioria dos pais ganharem consciência da importância do ensino e aprendizagem para os filhos. "Nos últimos tempos, os pais deixarem de enviar as crianças para o pasto dos bois, como era de costume há 10 anos, priorizando a formação dos filhos ”, disse.

A responsável explicou que os pais letrados e iletrados almejam que os filhos se formem numa determinada profissão, ainda que depois, voltem a ser camponeses ou pastores de gado bovino ou caprino.  O activista enalteceu o Executivo por continuar a priorizar, nas suas acções de impacto social, a construção de escolas e hospitais de referência, nas zonas urbanas e recônditas da província.