Cultura

Uma jazzista de Barcelona em Luanda

Andrea Motis é o seu nome e faz, não tarda, 29 anos desde que veio ao mundo, em Barcelona. Trompetista, cantora, saxofonista e compositora, tem ligações ao jazz depois de, com sete aninhos de idade, iniciar a sua formação musical.

30/04/2024  Última atualização 09H10
© Fotografia por: DR

Aos 12, já integrava a banda da escola e, aos 15, participou brilhantemente num álbum do professor e músico Joan Chamorro.

De então para cá, já publicou vários e aplaudidos álbuns, protagonizou dignificantes colaborações e actuou em diversos eventos jazzy internacionais. Internacionamente conhecida pelo seu estilo único e pela sua capacidade de mesclar influências do jazz tradicional com elementos modernos e pelas suas incursões pela bossa nova, Luanda vai poder ouvê-la no dia 30 de Abril à noite, no Hotel Epic Sana.

Vem à capital angolana mostrar o seu projecto Temblor – um trio "inusual”, segundo ela. Compõem-no Andrea, o seu trompete e a sua voz, Christoph Mallinger, os seus violino e bandolim, e Zé Luís Nascimento com as suas percussões.

Todos três são músicos excepcionais e a união das suas diferenças, personalidades, competências e feelings resulta em perfor- mances jazzy verdadeiramente extraordinárias.

Essa combinação de talentos vai poder ser desfrutada e aplaudida no decorrer do evento "Abril, Juventude e Jazz” que a Fundação Bornito de Sousa organiza para homenagear Ruy Mingas, celebrar o Dia Internacional do Jazz e assinalar a sua proclamação pública.

Além da prestigiada banda espanhola, são relevantes figuras de cartaz a multifacetada Luanda Jazz All Stars, capitaneada pelo surpreendente pianista Dimbo Makiesse, e a já mítica Orquestra Kaposoka, na qual militam talentosos jovens músicos e pupilos do maestro Pedro Fançony.

Uns e outros vão, certamente, propiciar um concerto memorável, que conta com a produção da promotora angolana j.j.jazz. E é com uma citação da cabeça de cartaz desse espectácuo musical, Andrea Motis, sobre esse momento mágico de apreciar o Jazz com todos os sentidos, que se conclui esta nota sobre essa acção de arte jazzy e emoções tecida: "Sinto que um concerto é uma congregação espiritual, não propriamente religiosa, mas há algo de muito profundo que pode ser transmitido e é meu dever cuidar da minha energia e poder enviar uma mensagem de positividade, de esperança”.

Jerónimo Belo

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