A data de 31 de Julho, celebrada anteontem como o Dia da Mulher Africana, foi instituída em 1962, na Conferência das Mulheres Africanas, realizada na cidade de Dar-es-Salam, capital da Tanzânia.
Em Angola, a condição da mulher mudou muito ao longo dos últimos 49 anos, referindo-nos aqui desde que Angola é país independente, na medida em que os números relativos ao papel e afirmação das senhoras falam por si.
Há cerca de meio século, provavelmente e sem muita margem de erro, o percentual de mulheres que não sabia ler e escrever, de Cabinda ao Cunene, devia ascender aos noventa, numa altura em que era excepcional ver mulheres a exercer determinadas actividades.
Desde a educação ao emprego, bem como ao exercício de cargos de responsabilidade e a realização de "actividades percebidas como eminentemente masculinas”, de acordo com o contexto de então, passaram a ser vistas, hoje, como ofícios de todos.
Felizmente, caminhamos em Angola para a completa desconstrução da ideia de que existam actividades para homens e tarefas para as mulheres, responsabilidades só para homens e atribuições apenas para mulheres.
A Constituição da República de Angola, no Artigo 35.º, sobre a família, casamento e filiação, no seu número 3 é clara quando dispõe que "o homem e a mulher são iguais no seio da família, da sociedade e do Estado, gozando dos mesmos direitos e cabendo-lhes os mesmos deveres”, uma disposição claríssima como água no que a paridade do género diz respeito”.
Num dia como o celebrado ontem e que, na verdade, deve ser motivo de contínua reflexão sobre a condição da mulher africana em geral e da angolana em particular, porque, como vemos na generalidade, prevalece como um desafio permanente da sociedade angolana.
Se por um lado, há muito progresso feito em termos de afirmação da mulher e da consciencialização sobre a sua condição na família, sociedade e no Estado, por outro, continuamos a assistir a inúmeros casos inadmissíveis de discrminação e maus-tratos. Quer dizer, nada está garantido enquanto não formos capazes de continuar a lutar pela igualdade de género, um pressuposto indissociavelmente ligado ao desenvolvimento e modernização do país.
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LoginNa história das nações há nomes cuja repercussão política e social ecoa para todo o sempre. Neste mês de Setembro, é inevitável falar da figura de António Agostinho Neto, dos seus feitos e da sua dimensão de estadista africano.
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“O mundo foi dividido em duas partes – uma de fogo e outra de água. Cilpe governava a terra do fogo, um lugar de calor e luz. Blul, por outro lado, governava o reino da água, um mundo de frescor e profundidade. Mas, enquanto estavam separados, ambos os deuses perceberam que seus mundos estavam incompletos.”
A Embaixada de Angola no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte realiza, sábado, 21, um "webinar" subordinado ao tema: "Com os ideias de Neto construamos uma economia forte e dinâmica".
O livro “Artes Marciais de Angola - Akwa Mawta Clássico da Honra”, do escritor angolano, Janguinda Kambwetete Kabwenha “Mestre Cabuenha”, residente em Genebra, Suíça, será lançado, no dia 5 de Outubro, na cidade de Braga, Portugal.
O novo director provincial da Edições Novembro , na Lunda-Norte ,o jornalista André Sibi, recentemente nomeado por deliberação do Conselho de Administração da mesma empresa foi esta sexta-feira, no Dundo apresentado à governadora, Filomena Miza e outros membros do Governo Provincial.
A pesca desportiva no rio Cubango, promovida pela Fazenda Mumba, no município do Cuvango, província da Huíla, atraiu, este mês, cerca de 300 turistas nacionais e estrangeiros, anunciou, na quinta-feira, a Administração local.