Os pesados desaires nos jogos anteriores condicionaram a atitude competitiva dos estudantes, em parte porque o adversário, propositadamente,  entrou a todo o vapor para fazer com que os estudantes acreditassem que as coisas voltariam a dar para o torto, pela quinta vez seguida.

Os forasteiros entraram fortes, com grande confiança como se estivessem em casa, com a clara intenção de chegar ao golo madrugador. Se a estratégia era assustar os angolanos, claramente que surtiu o efeito desejados. O Rivers conseguiu que a Académica se encolhesse e escondesse no seu último reduto, sem bola para ripostar na mesma moeda. A equipa forasteira perdeu algum gás, mas nem mesmo quando abrandou o ritmo a meia hora, os estudantes foram capazes de mostrar os exercícios caseiros para pontuar pela primeira vez.

Sem saber lidar com a forte pressão ao portador da bola, a Académica errou muitos passes, em alguns períodos os seus jogadores pareciam que estavam a atacar a baliza errada, com disparatados passes para trás, que causaram enormes calafrios ao seu último reduto, que foi sempre incapaz de impedir que os atacantes adversários tivessem tempo e espaço para fazer das suas.

Contra a corrente do jogo, os estudantes beneficiaram de uma grande penalidade caída do céu, o árbitro considerou derrube faltoso o encosto de Udom em Samuel. A cobrança de Cabibi foi irrepreensível aos 36', como sempre acontece nas suas comemorações, ele fez a réplica da moto em andamento e os colegas lhe imitaram os passos, mas nenhum deles se lembrou que a alegria do pobre dura pouco.

Qual fogo de palha, a magra vantagem da Académica desapareceu num ápice para dar lugar a rápida reviravolta do Rivers United. O central Udom redimiu-se da grande pena- lidade com o livre cabeceamento do 1-1 aos 40', dois minutos depois o árbitro assinalou um penálti, que pareceu forçado, que deu o 2-1 a Oyowah.

Bem desnorteada com a rápida sucessão dos acontecimentos, a Académica do Lobito nem com o intervalo recuperou os sentidos, porque a abrir a segunda parte, mais concretamente aos 47,' o 3-1 veio num golo fácil apontado por Farouk, numa jogada que o Rivers United cansou-se de repetir em quase todo o jogo, na qual a troca de passes anestesiou toda a defensiva lobitanga.

 
Lundas sem brilho fim pelo caminho

No outro jogo, o Sagrada Esperança da Lunda Norte empatou hoje (domingo), em Boauké (Côte d’Ivoire), diante do SOAR da Guiné, por 0-0, em jogo da quinta jornada do Grupo B da Taça da Confederação de Futebol, disputado no Estádio da Paz.

Com este resultado da partida de resposta, em casa emprestada dos guineenses, por indisponibilidade do seu campo, a equipa angolana contínua na terceira posição, com cinco pontos, e poucas possibilidades de chegar aos quartos-de-final.

Na partida anterior, em solo angolano, o Sagrada Esperança venceu, por 2-0. Ainda no mesmo dia e para o mesmo Grupo, o Abu Salim recebe o Zamalek do Egipto.

O outro representante angolano na competição, a Académica do Lobito, no grupo C, perdeu diante do Rivers United da Nigéria, por 2-3, no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, depois do também desfavorável 0-3, no terreno nigeriano.

A formação lobitanga, que ainda não obteve qualquer triunfo em quatro jogos, está sem possibilidades de chegar aos lugares cimeiros e consequentemente aos quartos-de-final.

O adversário do clube angolano está entre os líderes da série, com nove pontos