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África: UNICEF pede doações para combater a Mpox

A UNICEF apelou à cedência de donativos no valor de 16,5 milhões de dólares para combater o vírus Mpox na África Oriental e Austral.

24/08/2024  Última atualização 09H10
© Fotografia por: DR
"As crianças e as comunidades vulneráveis estão na linha da frente de um surto crescente de Mpox na África Oriental e Austral. Foram detectados mais de 200 casos confirmados em cinco países (Burundi, Rwanda, Uganda, Quénia e África do Sul)", declarou a agência da ONU, em comunicado, citado pela Reuters.

Por esta razão, a organização sublinhou a reunião urgente de 14,8 milhões de euros para aumentar a resposta e a preparação em toda a região. "Os requisitos de financiamento serão revistos, periodicamente, à medida que a situação evolui rapidamente", salienta-se no comunicado.

A nova variante do vírus Mpox (clade 1b) foi identificada em todos os países afectados, com excepção da África do Sul, o que suscita preocupação devido ao seu potencial de transmissão mais alargado entre grupos etários, em especial crianças pequenas. A UNICEF afirmou que o Burundi registou o maior número de infecções nas duas regiões. Até 20 de Agosto, foram detectados 170 casos confirmados em 26 dos 49 distritos do país, 45,3% dos quais são mulheres. As crianças e os adolescentes com menos de 20 anos representam quase 60% dos casos detectados no Burundi e as crianças com menos de cinco anos representam 21% das infecções, segundo a ONU. "A nova estirpe constitui uma séria ameaça para as crianças e famílias vulneráveis", afirmou a directora regional da UNICEF para a África Oriental e Austral, Etleva Kadilli. "Para além da resposta imediata para salvar vidas, dos esforços de comunicação dos riscos e da colaboração transfronteiriça, deve ser dada prioridade aos investimentos no reforço global do sistema de saúde", sublinhou Kadilli.

A OMS declarou no dia 14 um alerta sanitário internacional para o Mpox, cuja doença infecciosa pode causar glândulas inchadas e erupções cutâneas dolorosas ou com comichão, incluindo borbulhas ou bolhas. O alerta sanitário da OMS está relacionado com a rápida propagação e a elevada mortalidade da nova variante no continente africano e com um primeiro caso na Suécia de um viajante que esteve numa zona de África onde o vírus circula intensamente.

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