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A Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) tem o registo, na sua base de dados, de mais de 150 exportadores nacionais, que desenvolvem trocas comerciais com os países vizinhos.
A informação foi avançada ontem, em Luanda, pelo administrador executivo da AIPEX Jerónimo Pongolola, quando discursava na abertura do primeiro workshop sobre Certificação de Exportações e Negócios de Angola, promovido pela instituição em parceria com a Authentic Point.
Jerónimo Pongolola realçou que os principais países de destino dos produtos "Feito em Angola” são a República Democrática do Congo (RDC), Namíbia, Zâmbia, Portugal, Brasil e Estados Unidos da América.
Com os Estados Unidos da América, destacou, actualmente um dos principais parceiros de Angola é a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), órgão encarregado de apoiar as acções de ajuda externa.
Embora o processo das exportações registar resultados favoráveis, Jerónimo Pongolola garantiu que o Governo angolano tem feito esforços na promoção dos bens de produção nacional através de mecanismos que facilitem a certificação. Nos últimos meses, frisou, a AIPEX tem promovido a exportação de diversos produtos, com realce aos ligados ao sector das frutas tropicais, como é o caso da banana, manga, ananás, mamão, maracujá, abacate e laranja.
No segmento das bebidas, segundo Jerónimo Pongolola, os produtos mais exportados são a cerveja e refrigerantes.
Quanto aos materiais de construção civil, o destaque recai para a exportação de cimento, ferro, varões de aço, tinta, mármore e granito, materiais de higiene e limpeza.
Um dos resultados para o sucesso do processo, reconheceu, é a aposta do Governo angolano no processo de certificação dos produtos, onde através do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) foram registados mais de 1.500 produtos com o selo "Feito em Angola”.
"O grande desafio é colocar estes produtos no mercado internacional, promovendo assim a expansão dos nossos negócios, um forma de contribuir na diversificação da economia nacional, além de gerar mais receitas e divisas para o país”, frisou.
O gestor garantiu que, actualmente, muitos países estão interessados em estabelecer parcerias com Angola, e a AIPEX tem servido de "ponte” entre os produtores nacionais e os investidores.
Sem avançar o volume das exportações, Jerónimo Pongolola considera satisfatória a actividade, embora reconheça que seja necessário aumentar a capacidade.
Produtos "Feito em Angola” conquistam vários mercados
Uma das empresas exportadoras é a Foodcare Lda (empresa de processamento de alimentos), que aposta no processo desde o ano de 2022.
Com um portefólio de 25 produtos, a empresa está a trabalhar para investir na matéria-prima, para garantir a produção de fubá de milho, arroz, feijão, entre outros.
Segundo a directora-geral da empresa, Marlene José, os produtos da Foodcare são exportados para a Europa e América, neste último no Canadá.
A empresa está a aproveitar o mercado dos EUA que tem a necessidade de importar cerca de 200 mil toneladas de farinha de mandioca (fuba de bombó) por ano.
Marlene José disse que apesar da Nigéria ser um dos maiores exportadores deste produto, a sua capacidade "não chega aos 10 por cento daquilo que são as necessidades internas dos Estados Unidos da América”.
"Existe muita procura de produtos alimentares e matérias-primas a nível internacional, cabe a nós angolanos pôr os nossos produtos no exterior", frisou, depois de sublinhar que, no início deste mês, a empresa preparou oito contentores, dos quais um de 40 pés e os restantes de 20 pés, que teve como destino o Canadá, África do Sul e alguns países europeus.
Marlene José disse que, actualmente, a Foodcare está a exportar manteiga de amendoim para Portugal.
"O próximo passo das exportações será para a Nova Zelândia, cujo processo já está em curso, com previsão de fornecermos mandioca congelada”, indicou.
Por sua vez, o secretário para a Informação da Associação de Indústrias e Bebidas de Angola (AIBA), Moisés Campos, realçou que, no sector das Bebidas, o grupo empresarial Castel e a Refriango têm estado a apostar fortemente no processo de exportação.
"Além das cervejas Cuca, Nocal e Eka, as bebidas espirituosas também têm estado a ser exportadas para vários mercados”, apontou.
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