Política

Angola assina quatro acordos com empresas chinesas em Beijing

Paulo Caculo|Beijing

Jornalista

O ministro dos Transportes, Ricardo d’Abreu, anunciou, quarta-feira, em Beijing, a assinatura de quatro novos acordos com empresas chinesas, nos domínios das Infra-estruturas de grande envergadura e das Tecnologias, duas das quais com a Huawei, multinacional de equipamentos para redes e telecomunicações.

05/09/2024  Última atualização 06H13
Ricardo d’Abreu apontou o sector das Tecnologias entre os acordos © Fotografia por: DR
Os acordos assinados à margem do Fórum de Cooperação China – África (FOCAC), que decorre em Beijing, capital do país asiático, enquadram-se nos desafios gizados pelo sector no domínio da integração das infra-estruturas de transportes e logística, no contexto da região e do continente.

 No domínio das Infra-estruturas, esclareceu o ministro, os acordos compreendem a intervenção no traçado do Caminho-de-Ferro para Cabinda, do Terminal do Caio para os dois Congos (RDC e República do Congo) e, também, o Memorando de Entendimento sobre o Metro de Superfície, no traçado Cacuaco/Benfica.

Os dois acordos no domínio tecnológico, segundo ainda Ricardo d’Abreu, foram rubricados com a empresa Huawei, e incidem sobre o processo de transição digital do sector dos Transportes.

"A Huawei já está a trabalhar com o sector dos Transportes em três domínios diferentes, a nível da segurança perimetral do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto e, também, no domínio da segurança inteligente do Caminho-de-Ferro de Luanda, no troço Bungo/novo Aeroporto, e, depois, a nível das infra-estrutura-sede do sector dos Transportes, com a introdução de um edifício inteligente com tecnologia Huawei”, explicou.

Intervenção no painel sobre Cinturão e Rota

Ricardo d’Abreu profere, hoje, uma dissertação na Mesa-Redonda de Alto Nível da reunião do FOCAC sobre o tema "Prosseguir a cooperação de alta qualidade dentro da iniciativa ‘Cinturão e Rota’: uma plataforma para a modernização com planeamento, construção e benefícios conjuntos”.

Instado a debruçar-se sobre o tema a dissertar, o ministro disse que, na prática, aquilo que se quer compreender com a iniciativa, "transmite para o desenvolvimento dos nossos países em termos bons exemplos no domínio de investimentos efectuados em infra-estruturas, por via da promoção de financiamento chinês em infra-estruturas, que hoje servem além do nosso próprio país”.

Um bom exemplo disso mesmo, referiu Ricardo d’Abreu, é o facto de no processo de activação do Corredor do Lobito as dez primeiras cargas de cobre e manganês, que saíram da região da República Democrática do Congo, terem como destino a China, ao contrário da Europa ou Estados Unidos da América (EUA).

"Este é um bom exemplo daquilo que a facilitação das infra-estruturas, ligando neste contexto global, podem contribuir para o desenvolvimento de todos os países. E estamos muito interessados em trabalhar sobre as nossas próprias iniciativas, integrando essa visão de fazermos parte deste Sul Global, como agora se designa”, destacou o ministro dos Transportes.

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