Opinião

As mulheres e a crise sanitária e económica

É dado adquirido que as mulheres têm sido consideravelmente afectadas pela crise económica causada pela pandemia da Covid-19, estando muitas delas a perder empregos ou a trabalhar ao abrigo de contratos precários, não tendo estabilidade laboral que qualquer trabalhador deseja, para salvaguardar direitos.

09/03/2021  Última atualização 08H02
Há mesmo informações da insuspeita Organização das Nações Unidas que indicam que direitos já adquiridos pelas mulheres no mercado de trabalho se estão a perder.
António Guterres, Secretário Geral da ONU, chegou mesmo a publicar um artigo num jornal português em que aborda o assunto da discriminação da mulher no mercado de trabalho nestes tempos de pandemia da Covid-19.
É significativo o facto de uma personalidade prestigiada como é António Guterres se tenha pronunciado sobre a situação da mulher no mundo nestes tempos de crise sanitária e económica, mas é importante que os Estados adoptem políticas públicas que possam mitigar os efeitos dessa crise na vida laboral das mulheres.
 Sabe-se que muitos milhares de mulheres no mundo são chefes de família e hoje atravessam dificuldades enormes para sustentar o seu agregado familiar porque as entidades empregadoras impõem regras, discriminatórias, que resultam, na pior das hipóteses em despedimentos.

Ser mulher trabalhadora em muitos países significa, nestes tempos de crise económica, ser candidata a desempregada, tal é a rapidez com que as entidades empregadoras dispensam os trabalhadores de sexo feminino das empresas, por razões que muitas vezes não têm nada a ver com as suas competências. Há mesmo casos, e não são poucos, de mulheres com as mesmas qualificações que homens, mas são dispensadas pelo facto de serem mulheres.

Não é fácil lutar nas actuais circunstâncias contra a discriminação em relação à mulher no mercado de trabalho, mas não é também sensato que nada se faça para que haja justiça, no sentido de salvaguardar os direitos dos trabalhadores do sexo feminino.
É dever dos governos intervir com regras jurídicas no mercado de trabalho para evitar que um número considerável de mulheres estejam no desemprego ou em situação que as coloquem em posição que não lhes permita resolverem os seus problemas sociais.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Opinião