O avião chegou na noite de quarta-feira e transportava suprimentos militares para ajudar o Níger a melhorar as suas defesas aéreas. "Estamos aqui para treinar o Exército nigeriano para usar o equipamento militar que está aqui”, disse um dos assessores russos, em francês, na transmissão de quinta-feira.

 "Estamos aqui para desenvolver a cooperação militar entre a Rússia e o Níger.” Até recentemente, Washington considerava o Níger um parceiro e aliado fundamental numa região varrida por tentativas de golpe de Estado nos últimos anos. Uma base aérea dos EUA foi estabelecida como o coração das operações de contra-insurgência do Níger na região subsaariana conhecida como Sahel. Desde 2012, a região tem sido assolada por um agravamento da insurgência combatida por grupos ligados à Al Qaeda e ao grupo Estado Islâmico. Os EUA investiram fortemente no treino das forças do Níger para combater a insurreição que devastou o país e os seus vizinhos. Mas,  no Verão passado, algumas dessas forças de elite treinadas pelos EUA participaram num golpe de Estado que derrubou o Presidente eleito. As relações dos EUA com o Níger sofreram uma nova crise no mês passado, quando a Junta Militar anunciou na televisão estatal que os voos da sua base aérea eram ilegais e que já não reconhecia a presença militar americana no país. A Junta criticou os EUA por tentarem forçá-los a escolher entre parceiros, alertando-os contra a cooperação com a Rússia e o Irão. Niamey ainda não ordenou formalmente a saída das tropas americanas, disseram autoridades norte-americanas.