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Ataque terrorista provoca 100 mortos no Burkina Faso

Pelo menos 100 pessoas, incluindo civis e militares, foram mortos, no sábado, num ataque de terroristas ligados à Al-Qaeda a uma aldeia no Centro do Burkina Faso, de acordo com vídeos analisados por um especialista regional.

27/08/2024  Última atualização 09H10
© Fotografia por: Direitos Reservados

Segundo este especialista citado ontem pela Lusa, o ataque foi um dos mais mortíferos deste ano naquela nação da África Ocidental, devastada por conflitos entre grupos terroristas.

Civis na localidade de Barsalogho, a 80 quilómetros da capital, estavam a ajudar as forças de segurança a escavar trincheiras para proteger os postos de segurança e as aldeias, no sábado, quando os combatentes de um grupo ligado à Al-Qaeda invadiram a área e abriram fogo, descreveu Wassim Nasr, um especialista do Sahel e investigador sénior do Centro Soufan de reflexão sobre segurança.

A Al-Qaeda reivindicou a responsabilidade pelo ataque no domingo, afirmando, num comunicado, que obteve o "controlo total sobre uma posição da milícia” em Barsalogho, região de Kaya, uma cidade estratégica que as forças de segurança têm usado para combater os terroristas que, ao longo dos anos, têm tentado aproximar-se da capital do país, Ouagadougou.

Pelo menos 100 corpos foram contados nos vídeos analisados do ataque, adiantou Nasr.

A agência de notícias Associated Press, que divulga esta informação, disse que não conseguiu confirmar os dados de forma independente, mas analisou vídeos que pareciam ser do local do ataque, mostrando corpos empilhados ao lado das trincheiras.

O ministro da segurança do Burkina Faso, Mahamadou Sana, disse numa emissão da televisão estatal, no domingo, que o Governo respondeu ao ataque, confirmando que entre os mortos encontram-se militares e civis, sem indicar o número exacto de vítimas.

Cerca de metade do território do Burkina Faso está fora do controlo do Governo, uma vez que o país tem sido devastado por crescentes ataques terroristas, de grupos ligados à Al-Qaeda e ao grupo extremista Estado Islâmico, que já mataram milhares de pessoas e fizeram deslocar mais de dois milhões, numa das crises mais negligenciadas do mundo.

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