Economia

Banco Mundial pode aprovar mais cerca de USD 500 milhões

O Banco Mundial poderá, em breve, aprovar dois novos projectos a favor de Angola avaliados no conjunto em cerca de 500 milhões de dólares.

19/06/2024  Última atualização 10H00
Juan Carlos Alvarez (ao fundo) conversou com os jornalistas © Fotografia por: Luis Damião | Edições Novembro

A submissão para análise dos mesmos pelo Conselho de Administração do Banco Mundial, em Washington – Estados Unidos da América, deve acontecer ainda esse mês.

Embora os valores não sejam ainda conhecidos publicamente, fontes do Jornal de Angola junto do Governo avançam para variáveis entre 400 e 500 milhões de dólares e vão ser aplicados na melhoria do "Acesso Digital” e "Cidades Secundárias”.

Com esse «eventual» desembolso, a actual carteira de 15 projectos e 3,6 mil milhões de dólares em execução em Angola pode ultrapassar os quatro mil milhões de dólares.

Durante uma conversa com jornalistas, ontem, na Sede do Banco Mundial, em Luanda, o representante-residente para Angola e S.Tomé e Príncipe, Juan Carlos Alvarez, disse que a instituição trabalha com o Governo na execução de vários projectos, aprovados em diferentes momentos, mas todos com duração prevista de cinco anos.

Juan Carlos Alvarez elogiou as reformas que vêm sendo implementadas pelo Governo e indicou a aposta contínua na formação e melhoria do desempenho dos quadros como crucial para o país atingir os marcos que se tem proposto.

O advogado da Costa Rica e ao serviço do Banco Mundial há 20 anos está em Luanda há dois anos. Afirmou não haver facilitismo na aprovação de créditos a favor de Angola, nem a partir de Luanda, muito menos de Washington.

Indica serem os processos resultados da organização do Governo e dos trabalhos conjuntos das equipas das partes no terreno que têm sido responsáveis pelo sucesso na concepção dos projectos e programas.

Ainda sobre a relação com o Governo, Juan Carlos Alvarez disse que a mesma consiste também na definição das melhores opções a seguir e no aconselhamento das decisões, "e que sempre que um dado programa mostrar-se pouco exequível, na prática, recomendam a devolução do desembolso feito”.

Esse procedimento de cautela tem por finalidade fazer com que nada possa manchar a "boa imagem”, até aqui, granjeada pelo Executivo angolano na materialização dos compromissos assumidos com o "board” do Banco Mundial.

Outra nota realçada pelo representante do Banco Mundial para Angola e S.Tomé e Prícncipe é a de que dos 15 projectos em execução, apenas dois tinham um grau de avaliação como insatisfatório, mas que os mesmos já foram superados e devem voltar agora à normalidade. Eram no caso programas ligados à educação (de raparigas) e outro de energia.

Ana Paulo e Isaque Lourenço

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