De acordo com os dados obtidos, disse, o fenómeno atmosférico atingiu mais os municípios de Nharêa, Camacupa, Andulo, Chinguar e Cuito. "É uma questão que deve ser tratada com carácter de urgência, pois o número de vítimas resultantes deste fenómeno é preocupante”, referiu, além de recordar aos técnicos que é missão do Governo proteger a população.

Durante o primeiro trimestre deste ano, continuou, os dados do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros do Bié demonstram que 18 pessoas morreram em Nharêa, Andulo, Cuito, Camacupa e Chinguar, em consequência de descargas atmosféricas.

O porta-voz do Serviço de Protecção Civil da província, Raúl Ndavoca, disse que em Nharêa o fenómeno natural provocou dez mortes, na maioria de agricultores. Em Andulo e Camacupa, adiantou, registaram três mortes cada, ao passo que no Cuito e Chinguar foram uma morte cada.

A preocupação principal, destacou, está com o município com o maior número de mortes, Nharêa. "É preciso criar todas as condições para proteger os habitantes locais e reduzir o número de mortes registadas ao longo dos últimos meses”, realçou, além de pedir mais apoio do Governo local na resolução do problema na província.

Para o engenheiro Marcos Salembe, as descargas atmosféricas ocorrem em algumas zonas do país, devido ao acúmulo de cargas eléctricas na atmosfera. "Estas descargas iniciam quando o campo eléctrico produzido excede a capacidade isolante do ar num dado local da atmosfera”, esclareceu.