Coronavírus

Brasil ultrapassa barreira dos 12 milhões de infectados

O Brasil ultrapassou ontem os 12 milhões de casos de infecção (12.047.526) pelo novo coronavírus, após somar 49.293 diagnósticos positivos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

24/03/2021  Última atualização 10H45
© Fotografia por: DR
Em relação ao número de mortes, o país sul-americano, com 212 milhões de habitantes, acumulou 1.383 óbitos entre domingo e ontem, num total de 295.425 vítimas mortais desde o início da pandemia.
Os números ontem contabilizados ficam abaixo da média da semana anterior, quando foram alcançados novos recordes de vítimas mortais e infecções. 

Contudo, segundo explicações da própria tutela, essa diminuição é fruto de uma carência de recursos humanos ao fim de semana para testar e recolher os dados, sendo que estes acabam por ser consolidados às terças-feiras.
A taxa de incidência da Covid-19 no Brasil, que atravessa agora o seu momento mais critico da pandemia, subiu ontem para 141 mortes e 5.733 casos por 100 mil  habitantes, segundo as autoridades de Saúde.

O agravamento da pandemia na nação sul-americana, intensificada por uma nova estirpe do vírus detectada no Amazonas, levou a que vários hospitais entrassem em colapso em muitas regiões do país. Exemplo disso é o Distrito Federal (DF), que engloba a capital Brasília, onde cadáveres foram armazenados no chão de corredores em unidades de saúde, segundo relatou o portal de notícias G1.
Em 9 de Março, o governador do DF, Ibaneis Rocha, decretou estado de calamidade pública, uma medida que vigorará "enquanto perdurarem os efeitos da pandemia". 

Contudo, a medida foi duramente criticada pelo Presidente Jair Bolsonaro, que entrou com uma acção no Supremo Tribunal Federal exigindo a limitação do poder de prefeitos e governadores de decretar o encerramento temporário de actividades económicas.
Bolsonaro afirmou ontem que ainda não foi convencido a mudar de postura em relação à condução da pandemia e que e não defenderá medidas como um confinamento obrigatório nacional.

"Devo mudar meu discurso? Me tornar mais maleável? Devo ceder, fazer igual a grande maioria está fazendo? Se me convencerem do contrário, eu faço. Mas não me convenceram ainda. Devemos lutar contra o vírus, e não contra o Presidente — disse Bolsonaro, numa cerimónia em Brasília.
"Me chamam de negacionista ou de ter um discurso agressivo, respeitem a ciência, não deu certo", acrescentou o mandatário, referindo-se ao chamado 'lockdown'.
Na contramão da situação que o Brasil vive actualmente, em que governadores e Presidente discordam da gestão da pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu um alinhamento em todas as esferas de poder.

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