A informação foi avançada pelo porta-voz do Censo, Hernâni Luís, após encontro extraordinário da comissão, presidido pelo ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, na qualidade de coordenador-geral da organização.

O responsável reafirmou  que dentro de dois meses as famílias em Angola  receberão nas suas casas os recenseadores, num período de 30 dias, para o Censo Geral da População e Habitação.

"O trabalho da Comissão Multissectorial está pronto. Vamos estar na casa de diferentes cidadãos angolanos e realizar o Censo Geral”, afirmou Hernâni Luís.

Alargamento dos trabalhos

Em relação à data do arranque do Censo, antes previsto para Julho [agora em Setembro], o porta-voz esclareceu que houve um "alargamento dos trabalhos”.

"O que está a ocorrer é uma reavaliação do processo. Sabemos que o Censo Geral da População é um trabalho que consiste exactamente na previsão do que foi o mapeamento feito da actualização cartográfica a determinadas províncias do país, nomeadamente Luanda, Huíla e Benguela, que cresceram exponencialmente. Esse crescimento requer um reforço na programação. No entanto, esse trabalho foi reavaliado. Agora estamos a recalibrar a logística nesses pontos. Portanto, isso obrigou-nos a fazer essa extensão. Não se tratou de adiamento do Censo, porque fizemos um alargamento”, explicou.

Hernâni Luís acrescentou que o alargamento não alterou a colecta de informação a ser feita, mas sim permitiu haver espaço de poder, de forma mais precisa, recolher as informações nas diferentes partes do território nacional.

O porta-voz disse que existem recursos humanos para operacionalizar os 60 mil tablets, que permitirão um processo de colecta preciso e consistente.

"Quanto a essa questão, podemos garantir que estamos tranquilos e serenos para um arranque positivo”, frisou.

Sobre os resultados dos candidatos apurados, o porta-voz sublinhou, sem avançar datas exactas, que nos próximos dias deverão ser conhecidos.

"Os grupos técnicos nos  níveis provincial, municipal e comunal têm sido objecto de formações permanentes. Há uma colaboração dos governos provinciais e das administrações municipais. São parte integrante dos grupos técnicos e, assim, o Instituto Nacional de Estatística (INE), em colaboração com esses parceiros, que são nossos parceiros, na verdade,  temos conduzido esse processo formativo, que poderá ocorrer nos próximos dias”, fez saber.

Questionado sobre eventuais  constrangimentos em Setembro, como a chuva, Hernâni Luís disse que não constituirá problema, uma vez que a comissão é integrada por órgãos como o Ministério da Defesa, que dispõe de meios aéreos e terrestres robustos.

"Através desses meios estamos a pensar mapear o país em tempos de grandes obstáculos. Isso vai facilitar o trabalho nas regiões mais profundas. Os recenseadores e os cartógrafos estão sensibilizados. Estão prontos. Muitos deles são experientes, têm trabalhado connosco nos diferentes inquéritos e isso cria-nos  alguma tranquilidade no que diz respeito à mobilidade no terreno, sendo que se trata de agentes que têm algum traquejo no trabalho”, destacou.