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China defende políticas para um mundo pacífico

A China afirmou, quinta-feira, ser a favor de políticas para a construção de um mundo pacífico que prioriza o desarmamento nuclear, concebidas através de uma autodefesa de procedimentos estratégicos, mantendo “sempre as suas forças ao nível mínimo necessário e não tem qualquer intenção de se envolver numa corrida ao armamento com qualquer país".

23/08/2024  Última atualização 10H42
Governo liderado por Jinping diz que não pretende disputar o espaço nuclear mundial © Fotografia por: Direitos Reservados

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse, a propósito, que o arsenal nuclear da China "não está ao mesmo nível que o dos Estados Unidos da América", lembrando que o país asiático segue a política de "só utilizar armas nucleares como retaliação" contra um primeiro ataque externo.  

"Os Estados Unidos são a maior ameaça nuclear e o maior tomador de riscos estratégicos do mundo", acrescentou a porta-voz, em conferência de imprensa, instando Washington a "cumprir, efectivamente, a sua responsabilidade de dar alta prioridade ao desarmamento nuclear" e a "continuar a reduzir substancialmente o seu arsenal".

Mao Ning afirmou que Pequim está "seriamente preocupada" com a informação de que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou um plano estratégico nuclear que reorienta a estratégia de Washington perante a expansão do arsenal nuclear da China.

Acrescentou que a "teoria da ameaça nuclear chinesa avançada pelos Estados Unidos é apenas um pretexto de Washington para fugir à sua responsabilidade em matéria de desarmamento nuclear, expandir o seu arsenal e procurar vantagens estratégicas".

Nessa ordem, Mao Ning afirmou, igualmente, que "os Estados Unidos possuem o maior e mais avançado arsenal nuclear e aderem, obstinadamente, à política de dissuasão, baseada na utilização de armas nucleares sem que tenham sido atacados primeiro".

O plano estratégico, que Biden terá alterado em Março, segundo avançou o jornal The New York Times, procura, também, pela primeira vez, preparar os Estados Unidos da América para eventuais desafios nucleares coordenados da China, da Rússia e da Coreia do Norte.

O documento em questão é actualizado, aproximadamente, de quatro em quatro anos, e é tão altamente secreto que não existem cópias electrónicas, apenas um pequeno número de cópias em papel distribuídas a alguns funcionários da segurança nacional e comandantes do Pentágono (Departamento de Defesa).

O The New York Times referiu, segundo a plataforma Notícias ao Minuto, que se espera que o Congresso norte-americano seja informado antes de Biden deixar o cargo após as eleições presidenciais de 5 de Novembro.

O documento examina, em pormenor, se o país está preparado para crises nucleares ou para uma combinação de armas nucleares e não nucleares. Em Outubro do ano passado, o Pentágono afirmou que a China tinha 500 ogivas nucleares em Maio de 2023, um número que estava a caminho de exceder as projecções anteriores, e que poderia chegar a 1000  em 2030.


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