A intenção foi manifestada, ontem, pelo embaixador chinês em Angola, Zhang Bin, durante uma visita de trabalho à província mais a Norte do território nacional. No Palácio do governo local, onde foi recebido pelo vice-governador para o sector político e social, Miguel dos Santos Oliveira. Zhang Bin solicitou ao Ministério da Agricultura que enviasse uma carta de intenção à alfândega chinesa, a fim de iniciar o processo de cooperação para a "anulação de impostos na exportação”.

De acordo com Zhang Bin, a China tem uma grande procura por feijão e reconhece o potencial de Cabinda na produção desse vegetal.

Nesse contexto, Zhang Bin também demonstrou interesse em firmar um acordo de cooperação com investidores chineses na área da agricultura, visando impulsionar a produção em larga escala em Cabinda. Além do feijão, o embaixador destacou que a China irá investir no cultivo de café, cacau, alimentos, vestuário e calçados.

 
Satisfação do governo de Cabinda

O vice-governador responsável pelo sector político e social da província de Cabinda, Miguel dos Santos Oliveira, expressou  a sua satisfação em relação à isenção de taxas aduaneiras para os produtos exportados para a China.. Além disso, Miguel dos Santos Oliveira  apontou a comuna de Miconje, no município de Belize, como uma área com grande potencial para o cultivo de feijão, banana, tubérculos e hortaliças, devido à fertilidade do solo local.

No entanto, Oliveira também expressou preocupação ao embaixador sobre "a necessidade de conclusão das obras em andamento na província, que estão a cargo de empresas chinesas e já ultrapassaram o prazo de entrega”

 
Cumprimento do prazo das obras

Na ocasião da visita à província de Cabinda, o embaixador da República da China instou a empresa CR20, no sentido de finalizar a construção do Terminal de Águas Profundas do Porto do Caio, dentro dos prazos estabelecidos.

Para Zhang Bin, o projecto é de importância estratégica, "pois será a principal rota para a exportação e importação de produtos entre a China e a província de Cabinda”, como parte da cooperação planeada entre as duas partes. "Se um empresário deseja investir em Cabinda, ele precisa garantir o escoamento dos seus produtos”, atirou.