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Condenada ex-colaboradora do Presidente do Madagáscar

A antiga chefe de gabinete do Presidente do Madagáscar, Andry Rajoelina, foi, ontem, condenada pela justiça britânica a três anos e meio de prisão por corrupção, depois de ter exigido subornos a uma empresa mineira.

11/05/2024  Última atualização 13H45
© Fotografia por: DR

Romy Andrianarisoa foi detida em Agosto de 2023, em Londres, com um cidadão de nacionalidade francesa, descrito como seu "associado”, Philippe Tabuteau, na sequência de uma investigação da Agência Nacional do Crime do Reino Unido (NCA).

Andrianarisoa foi condenada por suborno em Fevereiro por um tribunal britânico por ter exigido subornos para a concessão de licenças mineiras ao grupo mineiro britânico Gemfields, que detém a Oriental Mining em Madagáscar desde 2008.

No ano passado, a NCA, ao ser avisada pela Gemfields desta situação, colocou um agente infiltrado nas reuniões, que gravou áudios das mesmas.

Ontem, após a condenação, a NCA tornou públicas as seis gravações de Romy Andrianarisoa em que se ouve a chefe de gabinete a negociar subornos e a gabar-se da influência que tem sobre o seu "patrão”, o Presidente Rajoelina.

A agência britânica declarou, na altura, que eram "suspeitos de tentar solicitar” somas no valor de 260 mil euros "e uma participação de 5%” na exploração da mina. O juiz explicou, ontem, que era impossível determinar o montante exacto em causa, mas disse que teria sido "substancial”.

Romy Andrianarisoa, que se tinha declarado inocente, desempenhou um "papel de liderança” no caso e "abusou” de uma posição de "confiança e responsabilidade”, disse o juiz Christopher Butcher ao proferir a sentença.

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