Economia

Cooperativa “Paco-Pakw” prevê boas colheitas na Barra do Kwanza

Nádia Dembene

Jornalista

Os agricultores organizados em cooperativas e associações da comuna da Barra do Kwanza, no município de Belas, província de Luanda, prevêem boas colheitas neste ano agrícola.

17/09/2024  Última atualização 10H32
Vieira Baltazar apresenta as potencialidades locais © Fotografia por: Direitos Reservados

O presidente da Cooperativa Agro-pecuária e Pesca "Paco-Pakw”, Vieira Baltazar, disse que os seus associados estão a preparar mais de 120 hectares.

"Uma vez não dependermos de estufas, estamos a preparar uma boa área para o cultivo de produtos que suportam a estação chuvosa,  nomeadamente milho, mandioca, jinguba e prevemos colher acima de 20 toneladas”, afirmou o agricultor.

Vieira Baltazar referiu que a cooperativa, constituída por mais de 200 famílias,  dispõe de mais de 500 hectares, estando nesta altura 60 por cento de terras  ocupadas com a plantação de hortícolas.

A cooperativa tem as áreas divididas entre agropecuária e agricultura, sendo que mais de 200 hectares estão plantados com mandioca, batata, milho, jinguba, quiabo, repolho, couve e outros produtos. 

                                                        

Vias de acesso

O agricultor explicou ainda que a maior dificuldade da classe tem que ver com as vias de acesso, bem como com o financiamento para aquisição de fertilizantes.

"Temos tido muita produção, porém a nossa maior dificuldade tem sido o escoamento dos produtos, não temos transporte e onde está sediada a cooperativa as vias não facilitam, porque até carros pequenos não chegam na zona de produção”, aponta.

A solicitação no reforço para o financiamento dos agricultores familiares, sublinhou, é agrupada em cooperativas e associações, a nível do município de Belas.

"Somos mais de dez cooperativas e comunidades de famílias camponesas e todas praticamente apresentam as mesmas necessidades”, sublinhou, depois de frisar que a falta de financiamento cria dificuldades para os produtores individuais darem sequência à produção em grande escala.

Em relação ao escoamento dos produtos, Vieira Baltazar reforçou que a cooperativa tem contrato com alguns supermercados, mas que a maioria dos produtos vai para o mercado informal.

Além dos supermercados, afirmou, "temos feito vendas directamente para as senhoras do mercado do Catinton, mercado do Quilómetro  30, e prevemos expandir para outros pontos da cidade de Luanda”.

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