Sociedade

Corpo de “Locas” repousa no cemitério de Sant’Ana

César Esteves

Jornalista

O chefe de Departamento de Fotografia e Vídeo do Cerimonial do Presidente da República, Carlos Alberto Campos “Locas”, falecido no dia 25 de Agosto, em Luanda, por doença, foi a enterrar, quinta-feira, no Campo Santo de Sant’Ana.

30/08/2024  Última atualização 08H07
Familiares acompanharam o fotojornalista até à última morada © Fotografia por: Arsénio Bravo | Edições Novembro
Acompanharam Carlos Alberto "Locas”, na última morada, vários colegas de trabalho, familiares e amigos, numa cerimónia fúnebre em que marcaram presença, entre outras, individualidades ligadas ao Palácio Presidencial, o secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, Luís Fernando, e o director do Cerimonial do Presidente da República, Virgílio Domingos da Silva Júlio.

Antes da partida para o cemitério de Sant´Ana, a urna contendo os restos mortais de Carlos Alberto Campos "Locas” esteve no Quartel General do Exército (ex-RI20), em câmara ardente, onde foi realizada uma missa de corpo presente.

Este momento ficou marcado pela leitura de várias mensagens de condolências de colegas afectos a vários órgãos da Presidência da República e dos colegas de profissão de várias outras instituições.

Na leitura da mensagem do Cerimonial do Presidente da República, os colegas descreveram "Locas”, como era carinhosamente tratado pelos mais próximos, como um trabalhador incansável e bem humorado. "Nunca reclamava do trabalho e foi, sempre, activo para propor algo novo, corrigindo, sempre, a actividade dos mais jovens e menos experientes”, lembraram os colegas.

A Associação dos Fotojornalistas Angolanos (AFOJA) disse ter sido com muita dor e consternação que tomou conhecimento da morte de Locas. "Calou-se a voz de um profissional que, ao longo de vários anos, colocou o seu saber, experiência e profissionalismo ao serviço da fotografia noticiosa e institucional”, descrevem os colegas afectos a esta associação, na mensagem lida pelo membro Kindala Manuel.

Os ex-colegas de profissão recordaram o malogrado como um profissional exemplar e muito dedicado ao trabalho. Foi o caso de Bernardo Sobrinho, a quem Locas substituiu nas funções, que descreveu o malogrado como um profissional incansável.

"Fui eu quem o propôs para dar continuidade ao trabalho que realizava no Cerimonial, antes de passar para a reforma e fi-lo por causa do seu elevado nível de profissionalismo”, recordou Bernardo Sobrinho.

Francisco Bernardo, mais conhecido por "Chico Bernardo”, colega de profissão do malogrado, considerou a morte de Locas uma perda irreparável para o fotojornalismo angolano. No mesmo diapasão alinhou Rogério Tuti, outro colega de profissão, que destacou os momentos que viveu com o malogrado em muitas missões em que estiveram juntos. "Tínhamos uma boa relação profissional. Sempre que alguém perdesse uma imagem, aquele que a tivesse partilhava logo”, lembrou.

Carlos Campos "Locas” nasceu a 20 de Novembro de 1962, na província do Huambo, e ingressou na fotografia aos 15 anos. O malogrado deixa viúva e filhos.

 

 

 

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