Segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA), o stock de crédito à economia, em moeda nacional, atingiu no período em análise 5,1 biliões de kwanzas, tendo registado um aumento de 549,2 mil milhões, face a Dezembro de 2023.

O endividamento do sector público não financeiro, segundo o BNA, totalizou 884,9 mil milhões de kwanzas, dos quais 62,2 por cento refere-se à administração pública e 37,8 às empresas públicas. Comparativamente ao período homólogo, os dados apontam que se registou um crescimento de 285,4 mil milhões de kwanzas.

Quanto ao endividamento do sector privado, esta componente registou um aumento de 1,1 mil milhão de kwanzas, ao passar de 5,2 biliões em Agosto de 2023 para 6,4 biliões em Agosto de 2024.

Os dados asseguram que o endividamento das empresas privadas não financeiras foi correspondente a 5 biliões de kwanzas, com um aumento de mil milhões de kwanzas, e o dos particulares correspondeu a 1,4 biliões, registando um aumento de 102,8 mil milhões de kwanzas.

Crédito à economia real

No que se refere ao crédito direccionado ao sector real da economia, este indicador totalizou 1,35 biliões de kwanzas, registando um aumento de 24,18 mil milhões de kwanzas em relação ao período do ano anterior.

Esta variação, segundo o BNA, foi impulsionada principalmente pelo crédito concedido às indústrias extractivas, registando um aumento de recursos em cerca de 109,08 mil milhões de kwanzas.

Por seu turno, o crédito total concedido no âmbito do Aviso n.º 10/2022, do BNA, para o fomento do sector real, o seu valor atingiu 1,08 biliões de kwanzas, representando 79,84 por cento do total de crédito concedido e 16,25 por cento da carteira de crédito do sistema bancário.

Em comparação com o período homólogo, verificou-se um aumento significativo de 114,44 mil milhões de kwanzas, impulsionado principalmente pelo financiamento de projectos na indústria transformadora, que registou um crescimento de 119,61 mil milhões de kwanzas.