Sociedade

Cristãos exortados a cultivar a paz e o amor ao próximo

Weza Pascoal

Jornalista

Os fiéis católicos foram, domingo, exortados a festejar a Páscoa como um momento de reflexão, reconciliação, paz e união, segundo o director do Gabinete de Comunicação Institucional da Diocese de Viana, padre Queiroz Figueira.

01/04/2024  Última atualização 06H54
Mensagens das celebrações de ontem estiveram centradas na necessidade de renovação © Fotografia por: DR

Em entrevista ao Jornal de Angola, Queiroz Figueira disse que a principal mensagem transmitida aos fiéis, no Domingo de Páscoa, foi a de pautarem pela paz, de modo a dar fim aos conflitos existentes, sobretudo, nas famílias.

"Hoje, existem muitos conflitos na sociedade, por isso, devemos reconhecer e aceitar a Cristo como paz para cada um de nós e para todas as famílias. Actualmente, há muitas tentações, como de álcool, prostituição, inveja e outros males que enfermam a sociedade, e é necessário mudar este quadro”, apelou.

O padre informou que, nesta fase, os cristãos rezam para que Deus continue a proteger Angola e África, de um modo geral. "Que continue a proteger todos os cristãos para que entendam que sem Cristo não há vida e não há fé”. disse.

"Nós, os católicos, celebramos esta Páscoa com toda a alegria e fé, que é acreditar naquilo que os nossos sentidos não podem entender, mas o coração pode chegar, acreditar em Jesus Cristo como único caminho, única verdade e única vida”, sublinhou.

O padre da paróquia de São José, Ângelo da Silva, referiu que a ressurreição de Jesus Cristo deve trazer felicidade para todos, em nome do amor e do perdão, sem se importar com a denominação religiosa, filiação partidária ou estatuto social. "Todos são chamados para viver no amor”, disse.

O sacerdote encorajou os cristãos a levarem uma vida longe do pecado, fazendo um propósito de renovação e de ser um agente transmissor da bondade que Jesus Cristo fez na terra.

Ângelo da Silva explicou que o período da Páscoa, que teve início no Domingo de Ramos e terminou ontem, é uma tradicional comemoração, realizada pelos cristãos, para saudar a Ressurreição de Cristo, depois da crucificação e morte, sendo uma das principais festas do Cristianismo.

 
Valor da Páscoa

O vigário judicial da Diocese de Viana e pároco do Sagrado Coração de Jesus, Araújo da Silva, referiu que a Ressurreição de Jesus representa a base de toda a acção e pregação dos apóstolos.

Segundo o padre, a Páscoa é uma tradicional comemoração realizada pelos  cristãos, para saudar a Ressurreição de Cristo, depois da crucificação, morte e ressurreição de Cristo. O cristianismo, disse, é baseado na verdade da Ressurreição como o maior milagre. "Os cristãos vêem a Ressurreição como parte do plano de salvação e redenção através da penitência dos pecados pelo homem”, disse, acrescentando que a palavra Ressurreição traz uma mensagem de esperança.

Dentro do Cristianismo, diferentes denominações celebram a data de maneira diferente. Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, período conhecido como Quaresma, os católicos dedicam-se à penitência para lembrar os 40 dias, passados por Jesus Cristo, no deserto e o sofrimento que suportou na cruz.


Procissão
Situação da criança marca via-sacra em Benguela

A fuga à paternidade, o abandono de infante, a exploração do trabalho infantil, a violência sexual de menores, o tráfico de crianças, e  a vulnerabilidade social das famílias foram as grandes questões destacadas pelos fiéis da Igreja Católica, durante a tradicional cerimónia religiosa "Via Sacra”, na cidade de Benguela.

A marcha, que teve início às 17h30 minutos, tendo como ponto de concentração e partida a histórica Igreja do Pópulo, sob a liderança do bispo da Diocese de Benguela, Dom António Francisco Jaka.

Durante o percurso, que passou por várias artérias da cidade de Benguela, os fiéis faziam paragens para se ajoelhar e orar.

Com a participação de mais de 1500 fiéis, a marcha durou cerca de uma hora e meia, tendo terminado na igreja Nossa Senhora de Fátima "Se Catedral”, onde o pastor da Diocese fez as considerações finais.

Dom Jaka exortou os fiéis a olharem este período de sacrifício de Jesus Cristo como momento oportuno para a mudança de comportamento.

Segundo o líder da igreja de Benguela, um olhar atento deve ser fixado de forma redobrada aos menores, para que o seu desenvolvimento não seja comprometido, apelando às famílias a assumirem a real função.

A cruz, feita de madeira, levada por dois fiéis, estava a ser movimentada no centro das duas filas.

O evento ficou também marcado com um forte cordão de escuteiros que, em coordenação com os efectivos do Comando Municipal da Polícia Nacional, tudo fizeram para que a actividade religiosa decorresse sem sobressaltos.

Maximiano Filipe | Benguela


Arcebispo do Lubango destaca relação entre baptismo e Páscoa

O arcebispo do Lubango, Dom Gabriel Mbilingi, considerou o baptismo como porta de entrada da Páscoa, durante a missa que presidiu, na Sé Catedral, na noite de sábado.

Nas horas que antecederam à ressurreição de Cristo, a igreja estava lotada, uns com velas e outros com vestes brancas para receberem os sacramentos católicos do baptismo, comunhão e crisma.

O líder da Igreja Católica na província da Huíla baseou a sua homilia no livro de Romanos, capítulo 10, e Marcos, capítulo 16.

O arcebispo do Lubango fez referência às mulheres do Novo Testamento que foram ungir a Jesus Cristo, na tarde de sexta-feira Santa. "Elas encontraram o túmulo vazio, isso significa um anúncio de vida”, disse Dom Gabriel Mbilingi.

Francisco Pedro | Lubango

 

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