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Cuando Cubango: Aposta em Brigadas Móveis de Alfabetização

Nicolau Vasco|Menongue

Jornalista

O Plano Nacional de Leitura 2024-2027 deve prestar uma especial atenção à criação de Brigadas Móveis de Alfabetização e Jangos Comunitários, para que os cidadãos que vivem nas localidades onde não há escolas, possam também aprender a ler e a escrever.

19/04/2024  Última atualização 10H26
O objectivo é levar o hábito de leitura às zonas mais recônditas © Fotografia por: Nicolau Vasco | Edições Novembro

A ideia foi defendida em Menongue por professores e escritores durante um encontro de auscultação pública nacional, que reuniu docentes, estudantes, escritores, membros do Governo local e autoridades tradicionais e religiosas. O encontro visou ecolher contribuições para a efectivação do Plano Nacional de Leitura.

Para o docente Walter Alexandre, além da criação de Brigadas Móveis de Alfabetização, construção de escolas, bibliotecas e mediatecas, também há necessidade de se criar plataformas digitais, de forma a facilitar a pesquisa de conteúdos para incentivar a leitura.

Walter Alexandre sublinhou que o Plano Nacional de Leitura afigura-se como de extrema importância para o país e no Cuando Cubango em particular, por ter muitas localidades sem escolas, sendo que o projecto vai massificar o processo de ensino e aprendizagem.

O escritor Leonel Bonifácio referiu que a criação de Brigadas Móveis de Alfabetização e de Jangos Comunitários vai permitir baixar significativamente o número de cidadãos que não sabem ler nem escrever.

O coordenador regional do Plano Nacional de Leitura das províncias do Bié, Huambo e Cuando Cubango, Sabino de Nascimento, que presidiu ao evento por videoconferência a partir de Luanda, explicou que o projecto tem inúmeras vantagens, sobretudo, nas aldeias com falta de infra-estruturas de ensino.

Sabino de Nascimento disse que o Plano Nacional de Leitura, sob coordenação do Ministério da Educação, a sua implementação, representa um compromisso conjunto entre as instituições públicas, privadas e parceiros nacionais e internacionais, evidenciando uma iniciativa abrangente para promover o hábito da leitura.

Segundo Sabino de Nascimento, o plano destaca-se  em várias etapas, nomeadamente, o da construção e apetrechamentos de infra-estruturas escolares, divulgação, formação de mediadores de leitura e distribuição de livros, entre outras acções.

A vice-governadora para o sector Político, Social e Económico do Cuando Cubango, Helena Chimena, disse que a implementação do Plano Nacional de Leitura representa uma mola impulsionadora para a dinamização do hábito da leitura.

Helena Chimena acredita que este projecto vai, igualmente, ajudar na diminuição das desigualdades sociais e no aperfeiçoamento da leitura nas zonas rurais, urbanas e periurbanas. "O Plano Nacional de Leitura visa, também, a promoção do conhecimento científico e  académico, sobretudo nas camadas jovens com interesse motivador”, disse.

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