Sociedade

Cursos de Medicina são submetidos à avaliação

Jurelma de Castro

Jornalista

Mais de 100 cursos de Ciências da Saúde, ministrados em 21 instituições do Ensino Superior sediadas em Luanda e 28 noutras províncias do país, vão ser submetidos à avaliação externa a partir deste mês até 1 de Junho, anunciou, sexta-feira, em Luanda, o secretário de Estado do Ensino Superior.

20/04/2024  Última atualização 08H20
Eugénio da Silva quer ter uma ideia da qualidade de ensino © Fotografia por: Edições Novembro
Eugénio da Silva disse que a iniciativa é parte da segunda fase do processo de avaliação externa da oferta formativa dos referidos cursos, ministrados no subsistema do Ensino Superior, a ser feita pelo Instituto Nacional de Avaliação, Aceitação e Reconhecimento de Estudo do Ensino Superior (INAAREES).

O procedimento, salientou, vai permitir conhecer o nível de qualidade e o método de ensino e aprendizagem do país. "A partir de estudos vamos decidir onde é que temos de melhorar e as decisões a serem tomadas. Se for o caso de qualidade abaixo dos mínimos, naturalmente o curso  não vai poder continuar”, alertou o secretário de Estado.

Os resultados da avaliação, continuou, vão permitir tomar as melhores decisões estratégicas sobre a continuidade do funcionamento e a aceitação dos cursos. A primeira fase, realçou, abrangeu nove cursos de Medicina e das instituições que ministravam  apenas duas foram acreditadas com reserva.

"Todos os cursos acreditados com reservas, ou não acreditados, têm de rever o funcionamento e adoptar planos de melhoria, até alcançarem os padrões necessários, para que possam receber estudantes e funcionar na normalidade”, referiu, acrescentando que a avaliação vai ser feita por uma comissão externa, composta por especialistas nacionais e estrangeiros.

O director-geral do INAAREES, Jesus Tomé, disse que os cursos vão ser avaliados por 11 indicadores, entre os quais o de desenvolvimento institucional, ambição, gestão, intercâmbio, currículo, pessoal técnico e administrativo, investigação, valorização e rigor. "Estes indicativos para avaliação são elementos específicos deste processo no sector da Educação”, referiu.

O objectivo, esclareceu, é tornar público os cursos a serem avaliados, em especial os que já têm um ciclo de formação, assim  como as instituições do Ensino Superior nas quais são ministrados. Além disso, reforçou, a iniciativa vai, igualmente, sensibilizar o público, em especial a comunidade académica e os gestores das instituições do Ensino Superior, sobre a importância da qualidade no ensino nacional.

A implementação do Plano Operacional do Processo de Avaliação Externa dos Cursos de Ciência da Saúde, apresentado publicamente ontem, vai contar com a participação de 242 avaliadores nacionais  e 52 gestores de procedimentos, entre nacionais e internacionais, vindos de países como o Brasil, Cabo Verde, Cuba, Moçambique, República Democrática do Congo, Zimbabwe, Portugal e São Tomé e Príncipe.

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