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Especialistas do Comité Permanente da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), recomendaram terça-feira ao Secretariado desta Organização, a prestar maior atenção ao projecto de implementação da Universidade de Transformação da Região.
O posicionamento foi partilhado à imprensa, pela porta-voz do Comité de Altos Funcionários, Beatriz Morais, depois dos peritos terem apreciado no período da manhã, questões relacionadas à operacionalização da Universidade da SADC.
A diplomata justificou o posicionamento dos peritos, pelo facto de considerarem o projecto de capital importância, em particular para os jovens da Comunidade Austral.
Durante reunião que acontece no Intercontinental de Luanda, os especialistas passaram em revista outras questões como a situação alimentar e nutricional com vista a se definir as melhores estratégias em resposta aos desafios da Região.
A também embaixadora de Angola no Botswana, disse que entre os pontos em discussão, os peritos defenderam a necessidade de se discutir ao nível da estrutura orgânica da SADC, a criação de um gabinete que responda pelos assuntos de empoderamento dos jovens e a sua emancipação política e social.
O orçamento da Organização para o período 2024-2025, em discussão desde o primeiro dia, prosseguiu no período da tarde e poderá ser concluído hoje para mais tarde ser submetido para apreciação do Conselho de Ministros que se reúne domingo e segunda –feira próxima, em Luanda.
De referir que a situação financeira da SADC, com destaque para o orçamento 2024-2025 e a mobilização de recursos através da captação de fundos, foram os principais temas abordados na sessão de trabalhos de segunda-feira.
Todos os temas analisados pelos peritos vão ser posteriormente apresentados em debate na reunião do Conselho de Ministros, a decorrer entre os dias 10 e 11 do mês em curso, no Hotel Intercontinental.
Mobilização de recursos e apoio às missões de Paz
Além da situação financeira e a mobilização de recursos, disse, foram também passados em revista a situação alimentar e nutricional na região, assim como os relatórios do Comité de Finanças e dos Recursos Humanos.
Neste sentido, Beatriz Morais disse "A outra preocupação também diz respeito à necessidade dos Estados-membros mobilizarem contribuições para apoiar as missões de paz da SADC, quer em Moçambique, quer na República Democrática do Congo (RDC)”, referiu Beatriz Morais, salientando que as contribuições são essenciais para a implementação da agenda de paz e segurança na África Austral.
Questionada sobre o contributo de Angola na SADC, relativamente à sustentabilidade e à industrialização, Beatriz Morais destacou que o país como Estado-membro tem cumprido os objectivos preconizados pela organização regional.
"Angola, como Estado-membro, tem estado a cumprir. Há uma agenda que está determinada pelo Secretariado da SADC, e os países seguem através da implementação de projectos e programas”, disse.
A porta-voz explicou que em função dos assuntos aprovados, o Secretariado elabora a agenda e propõe antes aos Estados-membros um pronunciamento e, de seguida, encaminha o programa ao Comité Permanente para discussão. "Nesta reunião, saem várias recomendações que são depois submetidas aos ministros” dos 16 países que integram a SADC, acrescentou.
Por sua vez, o chefe da delegação congolesa, Ndjakanyi Jean Claude, disse que a questão do orçamento, apesar de não ter sido ainda aprovada, verifica um consenso das partes.
Além das discussões dos vários dossiês, mostrou-se satisfeito com a reunião e os resultados até agora alcançados que tem servido também para o fortalecimento das relações entre os Estados-membros.
Sob o lema "Capital Humano e Financeiro: Os Principais Factores para a Industrialização Sustentável da Região da SADC”, o evento está alinhado aos objectivos da criação da organização, em 1992, de reforçar a cooperação e integração social e económica da região, para além do intercâmbio em matérias de política e segurança.
Os trabalhos do Conselho de Ministros da SADC, a decorrerem de 10 a 11 do corrente mês, vão ser orientados pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, na qualidade de presidente em exercício do órgão que tem a incumbência de fiscalizar o funcionamento e o desenvolvimento da SADC, bem como o garante da execução das políticas e decisões.
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