A descoberta de um rato encontrado na comida de um passageiro obrigou um avião da companhia aérea escandinava SAS a aterrar, na quarta-feira, em Copenhaga, na Dinamarca.
As autoridades estabelecidas no Afeganistão pelos talibãs chicotearam publicamente seis pessoas, na província de Sar-e-Pul (norte), após terem sido condenadas por "adultério" e "relacionamentos ilícitos".
As montanhas e desertos, normalmente áridos, do Norte de África, no fim-de- semana, foram fustigadas por fortes inundações que mataram mais de uma dúzia de pessoas em Marrocos e na Argélia e destruíram casas e infra-estruturas críticas.
Em Marrocos, as autoridades afirmaram que os dois dias de tempestade ultrapassaram as médias históricas, em alguns casos excedendo a precipitação média anual. As chuvas afectaram algumas das regiões que sofreram um terramoto mortal há um ano.
Os meteorologistas previram que um dilúvio raro poderia atingir o Deserto do Saara, no Norte de África, onde muitas áreas recebem menos de dois centímetros de chuva por ano.
Autoridades em Marrocos disseram que 11 pessoas foram mortas em áreas rurais onde historicamente faltam infra-estruturas e 24 casas desabaram. Nove pessoas estavam desaparecidas. A água potável e a infra-estrutura eléctrica foram danificadas, bem como as estradas principais.
Rachid El Khalfi, porta-voz do Ministro do Interior de Marrocos, disse num comunicado citado pela Reuters, que o Governo estava a trabalhar para restaurar a comunicação e o acesso às regiões inundadas na "situação excepcional” e instou as pessoas a terem cautela.
Na vizinha Argélia, que realizou eleições presidenciais no fim-de-semana, as autoridades disseram que pelo menos cinco pessoas morreram nas províncias desérticas do país. O ministro do Interior, Brahim Merad, classificou a situação como "catastrófica” na televisão estatal. O serviço de notícias estatal da Argélia, APS, disse que o Governo enviou milhares de agentes da protecção civil e militares para ajudar nos esforços de resposta a emergências e resgatar famílias presas nas suas casas. As inundações também danificaram pontes e trens.
341 mortes no Chade
As chuvas torrenciais que afectam o Chade desde Julho, fizeram 341 mortos e atingiram quase 1,5 milhão de pessoas, segundo um relatório publicado pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) no país. "Todas as 23 províncias do país são, actualmente, afectadas pela crise das inundações, que se tornou cada vez mais recorrente nos últimos anos", sublinha o relatório, ontem, citado pela Reuters.
"O Governo e os seus parceiros registaram mais de 164 mil casas destruídas, 259 mil hectares de campos destruídos e 66.700 cabeças de gado arrastadas", aponta ainda. O Governo do Chade ainda não publicou um balanço global do mau tempo que afecta o país há várias semanas.
Catorze alunos e o seu professor morreram na semana passada quando uma escola ruiu na sequência de chuvas torrenciais na província de Ouaddai, no Leste semiárido do Chade. Em meados de Agosto, pelo menos 54 pessoas perderam a vida em inundações que afectaram a província de Tibesti, no Extremo Norte do deserto do Chade.
Normalmente, "a precipitação dificilmente atinge os 200mm por ano" nesta região montanhosa, mas este fenómeno climático ocorre "de cinco em cinco ou de dez em dez anos", segundo Idriss Abdallah Hassan, diretor da rede de observação e previsão meteorológica da Agência Meteorológica Nacional chadiana. Na semana passada, a ONU alertou para o impacto das "chuvas torrenciais e inundações graves" na região do Centro-Norte de África, nomeadamente no Chade, apelando a uma "acção imediata e a um financiamento adequado" para fazer face à "crise climática".
Mais de 700 mil pessoas foram afectadas por inundações graves no Sudão do Sul, de acordo com um relatório publicado a 5 de Setembro pelo Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA).
O Verão de 2024 foi o mais quente alguma vez registado no planeta, com temperaturas recorde que se mantiveram inalteradas durante mais de um ano, acompanhadas de ondas de calor, secas e inundações mortíferas, alimentadas por um aquecimento global sem antecedentes.
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