Economia

Privatizações ajudam o mercado de acções

O programa de privatização integral e parcial de 74 empresas públicas por via da Bolsa de Dívida de Valores de Angola (Bodiva) pode impulsionar o surgimento do mercado de acções corporativas, considerou esta sexta-feira, em Luanda, o presidente da Comissão de Mercados de Capitais (CMC).

14/10/2018  Última atualização 08H00
ANGOP © Fotografia por: Presidente da Comissão do Mercado de Capitais aponta caminho das privatizações

Mário Gavião, que falava à imprensa à margem da 41ª Reunião Bianual do Comité de Seguros, Valores Mobiliários e Instituições Financeiras Não-Bancárias da África  Austral (CISNA), defendeu a necessidade da aprovação efectiva do programa de privatizacões, para que as empresas que  reúnem  requisitos de admissão no mercado da  bolsa.
É importante que  Angola tenha um mercado secundário que funcione em pleno, porque a partir deste se estabelecerá a referência para o surgimento de outros mercados de acções e dívida corporativa, afirmou o presidente da CMC.
Apontou a auditoria das contas, gestão corporativa transparente e a adopção das melhores práticas como os principais requisitos para a admissão das empresas na bolsa.
A CMC fez publicar os regulamentos dos emitentes de valores mobiliários e das ofertas públicas, enquanto que a BODIVA publicou um conjunto de normas que estabelecem  os requisitos para a negociação no  mercado.
“As  condições estão criadas para as empresas, tão logo preencham os requisitos de  admissão na bolsa, poderem  ter o espaço para irem  ao mercado e abrirem o seu  capital”, referiu Mário Gavião.
De Janeiro a Setembro deste ano, foram transaccionados na Bodiva 598.820 milhões de kwanzas, um aumento de 63,18 por cento em comparação ao período homólogo de 2017.
Nesse período, a  bolsa efectuou 746 negociações em Bilhetes do Tesouro (BT) e em  Obrigações do Tesouro (OT).