Política

Baía Farta acolhe estaleiro para a reparação de navios

A empresa FAMAR -Prestação de Serviços e Consultoria apresentou, nesta sexta-feira, em Luanda, um projecto para a instalação de um estaleiro naval no município da Baía Farta, em Benguela, para a manutenção de navios de grande porte.

01/10/2020  Última atualização 20H42
Edições Novembro © Fotografia por: Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa no encontro com os responsáveis da empresa FAMAR

O projecto foi apresentado por responsáveis da empresa ao Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa. Mauro de Carvalho, sócio-gerente da FAMAR, adiantou, no final do encontro, que o estaleiro, avaliado em cerca de 181 milhões de dólares, começa a operar no primeiro semestre do próximo ano. “Prevemos reparar e fazer manutenção de navios de grande porte. Operamos quatro navios e a sua reparação tem de ser no exterior do país”, sublinhou Mauro de Carvalho, adiantando que a situação vai ser invertida com o estaleiro da Baía Farta.

Mauro de Carvalho indicou que, com o estaleiro, prevê-se a criação de 650 postos de trabalhos directos e 1.000 indirectos. “Trata-se de um projecto em fase de financiamento e estamos prestes a arrancar com o projecto. Estamos a trabalhar junto de algumas multinacionais, que, em Angola, são representadas pela African Development Bank”, sublinhou.

Segundo Mauro de Carvalho, com o projecto, pretende-se, igualmente, desenvolver o município da Baía Farta, com a construção de escolas, restaurantes e hotéis que vão resultar num grande desenvolvimento económico do país e da região. “Vai haver uma movimentação no porto que vai criar outros serviços sociais e vão entrar mais divisas no município ”, disse.  De resto, o sócio-gerente da FAMAR adiantou que parte dos lucros da empresa serão destinados ao apoio ao desenvolvimento da região. 

Carlos Morais apresenta projectos sociais

O Vice-Presidente da República teve, ainda nesta sexta-feira, um encontro com o basquetebolista Carlos Morais, com quem abordou assuntos relacionados a projectos destinados à juventude.  Carlos Morais adiantou que tem alguns projectos que acredita serem uma mais-valia, não só para a juventude, mas, também, para a cultura do país.

“Sou uma pessoa seguida por muitos jovens e sinto que devo dar o meu contributo. O encontro (com o Vice-Presidente) serviu, também, para estabelecer estratégias que irão mudar a vida da juventude”, contou.  Para o jogador, é possível fazer projectos para a massificação do basquetebol no país. “A Selecção Sénior masculina não está tão bem e acredito que, para termos sucesso no futuro, temos que apostar na base, nos jovens e investir.

É um trabalho que tem que ser feito já, porque os resultados não vão aparecer do dia para a noite. É um processo e todos temos que trabalhar juntos para que os resultados sejam bons e promissores”, reconheceu. O desportista lembrou que a formação está na base de qualquer sociedade e o desporto não foge à regra. “É muito bom quando somos bons tecnicamente e temos um físico bom, mas temos que ter formação porque só desta forma é que podemos entender a estratégia do jogo e como joga o adversário”, disse.

Carlos Morais quer dar o seu contributo para que se aposte, não só no desporto, mas também na base, que é o homem. “É muito bom quando temos um bom desportista que, no fim da carreira, possa continuar a dar o seu contributo na sociedade", concluiu.

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