A candidatura de Angola foi aprovada, ontem, por consenso, durante a 8ª sessão do Comité Regional Inter-Ministerial da CIRGL, decorrida, por videoconferência, a partir de Brazzaville, República do Congo.
A proposta de candidatura de João Caholo, único candidato ao cargo, é submetida à apreciação e aprovação dos Chefes de Estado e de Governo da CIRGL, na Cimeira prevista para o dia 20 deste mês.

O prazo de apresentação de candidaturas terminou a 21 de Setembro. Expirado o prazo, João Caholo foi o único a formalizar o desejo intenção de concorrer ao cargo, disse, ontem, à imprensa o ministro das Relações Exteriores, Téte António, que chefiou a delegação angolana na reunião do Comité Inter-Ministerial da CIRGL.

João Samuel Caholo, 64 anos, nasceu a 10 de Julho de 1956, no Luena, Moxico. É engenheiro geólogo e serve a diploamcia angolana há mais de 20 anos. Da sua longa e vasta experiência diplomártica destacam-se as funções de secretário executivo adjunto para a Integração Regional da SADC (entre 2009 e 2013) e secretário executivo adjunto (2005-2009).

O diplomata trabalhou para a União Africana e União Europeia, em todos os Estado-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), bem como em países da África do Norte, Oriental, Ocidental e Central.
Pelo resto do mundo, dedicou o saber em missões que lhe foram confiadas, nos países nórdicos, Europa Ocidental e Federação da Rússia, América do Norte, América do Sul e Ásia.


Reformas na CIRGL
O ministro das Relações Exteriores considerou os Grandes Lagos uma das mais ricas do continente, razão pela qual defendeu que "não deve continuar a ser a última em termos de organização". Por essa razão, informou Téte António, pensa-se introduzir nova dinâmica, à semelhança do que ocorre noutras organizações, nas quais há angolanos.

Na reunião do Comité Inter-ministerial da CIRGL foi, igualmente, abordado o processo de recrutamento de outros membros do secretariado, para fazer com que todos os países da região estejam representados, para que o novo secretário-geral não encontre casa vazia.

Os participantes abordaram, também, questões ligadas as situações política, sanitária e financeira na Região dos Grandes Lagos. A questão financeira é um dos maiores problemas das organizações regionais, uma vez que as contribuições dos Estados-membros nem sempre chegam a tempo.

São membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, além de Angola, Burundi, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Congo, que ocupa a presidência da organização.