Política

ENI vai criar mais de 100 mil empregos com a produção de óleo alimentar

Paulo Caculo

Jornalista

A companhia italiana ENI vai criar, em Angola, mais de 100 mil postos de trabalho, através do investimento na produção de perto de 120 mil toneladas de óleo alimentar, numa área de cerca de 150 mil hectares.

23/07/2024  Última atualização 07H19
Director Executivo da ENI partilhou com o o Chefe de Estado outros projectos ligados ao sector da Agricultura © Fotografia por: Contreiras Pipa | Edições Novembro

A informação foi avançada segunda-feira, em Luanda, pelo director executivo (CEO) da ENI, Claudio Descalzi, no desfecho da audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, no Palácio da Cidade Alta.

Em declarações aos jornalistas, à saída do encontro, Claudio Descalzi revelou que a reunião com o Chefe de Estado incidiu sobre as actividades desenvolvidas pela companhia italiana em Angola, nos sectores do Petróleo e Gás, através da Azule Energy, empresa do grupo ENI.

"Falamos, também, sobre os grandes projectos da ENI no sector da Agricultura, ou seja, os grandes projectos agrícolas, como o de estudos que estão a ser realizados pela Azule Energy, que dizem respeito à produção de biodiesel. São projectos que julgamos serem bastante importantes, porque são de mão-de-obra intensiva e vão ajudar a criar mais diversificação de empregos”, disse.

"De forma específica, estamos a falar da produção de cerca de 150 mil hectares de terras e, isto, vai poder produzir cerca de 120 mil toneladas de óleo alimentar, criando mais de 100 mil empregos. Estamos a falar de grandes projectos”, acrescentou Claudio Descalzi.

Projectos sociais e do sector da Refinaria, revelou o director executivo da ENI, mereceram, também, abordagem no diálogo com o Presidente João Lourenço, destacando os referentes à produção de gás natural liquefeito, através da Azule Energy, com previsões de produção até Dezembro do próximo ano, devendo, na mesma altura, em 2025, começar a nova produção de petróleo, por meio  da ENI.

A companhia italiana opera em Angola no Bloco 15/06, onde tem uma quota de 36,84 por cento no grupo empreiteiro, no qual a Sonangol (36,84 por cento) é a concessionária, que conta ainda com a participação da SSI Fifteen Limited (26,32 por cento).

A ENI investiu 4,5 mil milhões de dólares, de um total de onze mil milhões, que é o investimento total no bloco. A forte aposta da empresa italiana está na produção de gás, sector em que vê grandes oportunidades na indústria.

Desde a entrada da ENI em Angola, o mercado nacional de petróleo, gás e energias renováveis ganhou um novo actor, com o início de operações da Azule Energy, resultante da fusão entre as multinacionais BP, de origem britânica, e a ENI, de origem italiana.

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