O grupo de teatro Núcleo de Artes Estrelas em Palco apresentou, domingo, no anfiteatro da Escola 4 de Fevereiro, localizado na província do Cuando Cubango, a peça “Uma Bala no Escuro”, que serviu para alertar o Governo para os principais problemas que assolam a população.
A protecção dos direitos autorais, em prol dos criadores e empreendedores, só se tornará viável se estes poderem usufruir de vantagens económicas sobre as suas criações e a garantia para que tal ocorra, depende do bom funcionamento dos órgãos e das instituições que forem criadas para o efeito, destacou, sexta-feira, o ministro da Cultura.
A companhia Enigma Teatro apresenta, no dia 26 deste mês, às 20h00, no espaço Elinga, em Luanda, a peça “Mayombe”, inspirada no romance do escritor angolano Pepetela, com o mesmo nome, publicado originalmente em 1980.
A peça, adaptada e dirigida por Tony Frampénio, conta a história de Ogum, o Prometeu africano, que vive no coração da floresta do Mayombe, localizada no continente africano. Sem receio, Orun apaixona-se por Ondina, uma surucucu, que mata o comandante Sem Medo, que é também Ogum.
Segundo Tony Frampénio, mudou-se muita coisa do livro "Mayombe”, de Pepetela, para a elaboração do roteiro da peça. O responsável explicou que se arrumou o roteiro, de uma maneira que, do ponto de vista dramático, possa prender a atenção do espectador.
"Alguns personagens ganharam o nome de seus perfis psicológicos, outros adoptaram falas daqueles espíritos aniquilados neste processo intermodal, justificando, deste modo, as mortes na luta anti-colonial no coração do Mayombe”, disse.
Diferente do romance, afirmou, no teatro ficou tecnicamente mais emocionante, porque se vai contar a história de trás para frente, de modo a induzir o espectador a um estado emotivo do início ao final da trama.
De acordo com Tony Frampénio, apesar das alterações do texto original, manteve-se o grande conflito do tribalismo, a causa de todas as façanhas imperialistas e de todos os atrasos no desenvolvimento do país. Paralelamente a isso, continuou, enfatizou-se a luta entre os homens por uma mulher.
Fazem parte do elenco da peça os actores Daniel Paulo Dani, Agú Água, Dartónio Grande Mestre, João Bênção, Luciano Ulica e Marques Inapem.
A peça conta com a adaptação e direcção de Tony Frampénio, assistência de direcção de Nelson Cabanga, preparação vocal e musical de Agú Água, figurino de Jany Alberto, comunicação de Elsa Quintas Suraya e coordenação geral de Estêvão Costa.
O Enigma Teatro surgiu a 18 de Julho de 1998, da fusão dos grupos Makotes (1987) e Comba Meneck (1997).
A agremiação herda todo o acervo histórico e artístico dos grupos precedentes. Integrada por 12 membros (actores e técnicos), a Companhia Enigma Teatro atingiu o reconhecimento "artístico” por mérito próprio, através das suas performances e propostas estéticas, analisadas pela crítica local como inovadora, satírica e contemporânea.
O Enigma Teatro passou, a partir do dia 15 de Novembro de 2008, a reger-se pela Lei das Associações e demais legislações aplicáveis às associações na República de Angola, adquirindo concomitantemente a sua personalidade jurídica.
O grupo foi vencedor do primeiro "Concurso Nacional de Teatro”, realizado em Benguela, em Agosto de 1989, no âmbito do Fenacult,com a peça "Kakila”. Na segunda edição do mesmo concurso, a companhia ocupou a segunda posição.
O colectivo participou pela primeira vez no "Prémio Cidade de Luanda”, edição de 2008, e ocupou a segunda posição para a melhor encenação e o melhor actor, com a peça "De Luandinha a Luanda para Luandão”.
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