"É importante o artista ser questionado sobre o que acontece no mundo, e é maravilhoso ainda quando podemos fazê-lo por intermédio da arte", disse Beny Dya Mbaxi, que participa com o escritor Henrique Sungo da colectânea de autores da lusofonia denominada "Sementes da Paz".

O escritor considera ser uma grande oportunidade para si, para mostrar a sua visão da paz no mundo, uma vez que reside nos becos de um musseque, no Cazenga.

"É um orgulho representar Angola e saber que o meu trabalho está a ser reconhecido", disse e acrescentou, igualmente, que a obra "Sementes da paz" é um verdadeiro ganho para literatura de expressão de língua portuguesa.

"Sabemos que temos o total apoio do apoio do cônsul-geral do Brasil em Londres, João Alfredo dos Anjos Júnior".

 Beny Dya Mbaxi escreveu uma crónica com o título " A paz colectiva", numa metáfora, onde reflecte sobre a subjectividade da paz e a dificuldade em alcançá-la de forma colectiva.

" Na verdade, acredito que a Paz dificilmente será colectiva quando apenas pertencer a um determinado grupo. É uma questão de subjectividade, e alerto, também, que o mundo está repleto de guerras internas, e é óbvio que muitos trajam a paz e procuram inventá-la".

 O artista revelou, ainda, que a colectânea será, igualmente, lançada na língua francesa no próximo ano.

"Sementes da Paz" é uma iniciativa do grupo internacional de escritores "Vozes da diáspora", uma organização brasileira, radicada em Londres, cujo objectivo é o de "promover a paz no mundo, a escrita em língua portuguesa, a educação e a união entre os países lusófonos".