O escritor Afonso Vita autografou, sexta-feira, no Hotel Epic Sana, em Luanda, o livro “Desenvolvimento do Turismo Cultural e de Memória em Angola: A Rota dos Escravos”, que retrata a importância do fomento do turismo cultural.
O movimento “Kizomba na Rua” leva centenas de pessoas, provenientes de várias partes do país e não só, à Baía de Luanda, todos os domingos, das 18h00 às 21h00, para ensinar a dançar ao som de estilos musicais Semba e Kizomba.
A Estação Central dos Caminhos-de-Ferro de Maputo (CFM) foi considerada, por diversas vezes, uma das mais belas do mundo. A revista norte-americana Time colocou-a como a terceira estação ferroviária mais bela num ranking que incluiu todas as infra-estruturas do género em todo o mundo, das mais “modestas” às mais famosas.
A pesquisa tomou em consideração o traçado arquitectónico e o seu nível de conservação, algo que, no caso da imponente obra, casa a história com o empenho da instituição que a tutela, a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, em conservá-la.
A estação ferroviária de Maputo é uma obra secular concebida, segundo algumas fontes, pelo arquitecto francês Gustave Eiffel, célebre por ser o criador de várias obras no mundo e que têm como traço comum o uso do ferro na sua execução. Outras fontes, entretanto, atribuem a sua concepção aos arquitectos Alfredo Augusto Lisboa de Lima, Mário Veiga e Ferreira da Costa.
A Estação Central de Maputo dos CFM foi inaugurada em Março de 1910, dois anos depois do início da sua construção. Contudo, a imponência com que se lhe conhece hoje só se verificaria a partir de 1916.
Actualmente, para além de estação ferroviária por onde passam milhares de passageiros e mercadorias de/e para Maputo (também para os vizinhos Zimbabwe e África do Sul), é também um local de cultura. Nela, vários eventos de carácter cultural e artístico têm sido promovidos.
O Museu dos CFM foi inaugurado a 11 de Junho de 2015 e está sediado na Estação Central dos Caminhos-de-Ferro, em Maputo. Nas paredes e estrutura exterior da mesma, está a exposição com imagens das 10 Mais Belas Estações Ferroviárias do Mundo entre as quais está, claro, a Estação Central dos CMF.
O emblemático edifício da Estação Central de Maputo é um dos símbolos mais antigos e de maior significado da empresa CFM, da cidade de Maputo e de Moçambique. É algo que sobressai numa cidade que, acompanhando os tempos modernos, tem também edifícios mais altos nas redondezas, mas onde se destaca esta pérola da arquitetura.
Fonte:viajecomigo/gm54.wordpress
NATRON
Lago da Tanzânia onde os animais são transformados em estátua de sal
O Lago Natron, situado no Norte da Tanzânia, próximo da fronteira com o Quénia, no Grande Vale do Rift, é conhecido pelas suas águas rosa-vermelha, cor causadapor microrganismos halofílicos. Tendo como pano de fundo o dramático vulcão OlDoinyo Lengai, o lago oferece uma experiência inigualável para aventureiros e amantes da natureza.
É um dos lugares mais tranquilos de África. Mas, a sua aparência engana: as suas águas possuem um segredo fatal. Devido à composição química rara, o lago acaba petrificando os animais que entram nele. As suas águas possuem um pH extremamente alcalino, que fica entre 9 e 10,5.
O Natron é uma bacia endorreica, de origem tectónica e com apenas três metros de profundidade, mas 22 quilómetros de largura e mais de 50 de comprimento. É alimentado pelo rio EwasoNg’iro, no Quénia, e é a sua proximidade a um vulcão activo que o torna num belo e mortal lago vermelho. O alto nível cáustico das suas águas pode causar grandes danos, queimar a pele e os olhos dos animais. Isso acontece devido ao carbonato de sódio e outros minerais, que vão parar dentro do lago em decorrência de materiais que vêm das colinas próximas ao rio.
O carbonato de sódio, que já foi usado em processos de mumificação no Egipto, faz com que os animais mortos no lago fiquem conservados e automaticamente tornam-se estátuas salinas. Outro factor que interfere no ecossistema do lago é a temperatura. Situado numa região muito quente, as suas águas podem atingir até 60 graus, causando queimaduras nos animais. Quando o nível da água reduz ainda mais, os animais mortos ficam nas beiradas.
A alta taxa de mortalidade de animais parece não assustar algumas espécies como, por exemplo, os flamingos-pequenos. Eles conseguem sobreviver nessa região e alimentam-se das cianobactérias do lago. A reprodução dos flamingos cresce a cada dia, já que quanto maior a salinidade do lago, maior o número de bactérias, e por consequência, os ninhos de flamingos aumentam na região. Além dessa espécie, as tilápias também ocupam as nascentes de água quente, sendo este um dos poucos animais que conseguem sobreviver e prosperar.
Devido à sua biodiversidade única, a Tanzânia incluiu a bacia do Lago Natron na Lista das Terras Húmidas de Importância Internacional, desde 4 de Julho de 2001.
Fonte: aventurasnahistoria.uol
RUKI
O
rio mais escuro da Terra
Mares e rios com as águas turvas chamam a atenção onde quer que estejam. Entre eles há um nome que talvez não seja tão conhecido: o Rio Ruki. Afluente do grandioso rio Congo (Zaire em Angola), o rio Ruki atravessa a República Democrática do Congo. Curiosamente, o Ruki permanecia inexplorado até há pouco tempo, o que impedia os estudiosos de terem uma real dimensão da sua composição química. Mas uma pesquisa publicada recentemente na revista LimnologyandOceanography veio mudar a compreensão acerca das suas águas.
O estudo aponta que o rio Ruki apresenta uma alta concentração de matéria orgânica dissolvida no seu interior. Com 105 quilómetros de comprimento, as suas águas apresentam uma tonalidade escura que supera a observada no rio Negro na Amazónia, Brasil. A água do rio Ruki é tão escura que, segundo os estudiosos, não se consegue ver a mão à frente do rosto. Comparações com outros grandes rios tropicais sugerem que o Ruki pode ser o rio de águas negras mais escuro da Terra.
Pesquisadores mediram a descarga e o nível de água do rio ao longo de um ano e foi descoberto que a concentração de materiais orgânicos do Ruki é quatro vezes maior que a do rio Congo.
Ao explorar os motivos para essa composição incomum, os estudiosos estabeleceram relação entre o rio e a floresta e descobriram uma série de dinâmicas interessantes e que fornecem explicações: periodicamente, a vegetação é levada pela chuva e conduzida até as águas, o que significa dizer que materiais ricos em carbono presentes na região acabam por ter o mesmo destino.O rio inunda parte da área florestal durante o período das cheias e por essa razão o nível das águas leva semanas a baixar, o que impacta de forma decisiva na concentração de substâncias orgânicas. Ou seja, o material que torna as águas tão escuras tem origem em duas fontes: a vegetação florestal presente no seu entorno e as turfas, resultando na decomposição de vegetais. Ricas em carbono, elas liberam essa substância nas águas entre os meses de Março e Abril, período em que terminam as chuvas mais volumosas.
O material vegetal morto, como não se decompõe, faz do rio um sumidouro de carbono. A emissão de gás carbónico do Ruki é elevada, mas não o suficiente para superar a de outros rios de grande dimensão. Por se tratar de um rio em que o movimento das águas ocorre mais lentamente e o material fica submerso, escapa menos gás carbónico para o ar.
É pelo conjunto de todos esses motivos que a sua preservação, assim como da floresta que o rodeia, que se considera o rio Rukifundamental para a manutenção do equilíbrio ecológico.
Fonte: terra.com
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