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Estados Unidos retiram soldados do Tchad e Níger

Os Estados Unidos vão retirar este fim-de-semana perto de uma centena de soldados destacados no Tchad, ao mesmo tempo que estão a preparar a retirada de um milhar de soldados do Níger, anunciou o Pentágono.

27/04/2024  Última atualização 09H40
© Fotografia por: DR

"O USAFRICOM (Comando Norte-americano de África) está a planear o reposicionamento de algumas forças militares norte-americanas do Tchad, uma parte das quais já estava programada para partir", admitiu o porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, general Patrick Ryder, numa conferência de imprensa em Washington, na sequência de uma notícia nesse sentido publicada no mesmo dia pelo diário New York Times (NYT).

"Trata-se de uma medida temporária, que faz parte de uma revisão em curso da nossa cooperação em matéria de segurança, que será retomada após as eleições presidenciais de 6 de Maio no Tchad", acrescentou.

Em relação ao Níger, Ryder confirmou o "início" das conversações,  no dia 25, em Niamey, entre a embaixadora dos Estados Unidos no país, Kathleen FitzGibbon, e o major-general Kenneth Ekman, director de Estratégia do USAFRICOM, e a junta militar no poder, "sobre uma retirada ordenada e segura das forças dos Estados Unidos do Níger".

O porta-voz do Pentágono sublinhou que Washington continua "empenhado" em "combater as organizações extremistas violentas na África Ocidental", mas não precisou para onde serão deslocados os militares norte-americanos estacionados na região.

Os Estados Unidos investiram 110 milhões de dólares numa base de drones no Níger, fundamental para o AFRICOM na monitorização de organizações extremistas violentas, mas o porta-voz do Pentágono não revelou se Washington já tem um local alternativo para deslocar os cerca de 1.000 militares que lá tem estacionados, quando interrogado expressamente sobre a questão pelos jornalistas.

A decisão da retirada das forças especiais norte-americanas do Tchad - cerca de 75 boinas verdes do 20º Grupo de Forças Especiais da Guarda Nacional, segundo o NYT - acontece no contexto do corte de relações diplomáticas e militares entre vários países do Sahel - nomeadamente do Mali, Burkina Faso e Níger - e o Ocidente - sobretudo a França, mas também Estados Unidos-, e do reforço paralelo das relações entre os mesmos países e a Rússia.

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