Coronavírus

Estudo português defende testes de saliva como alternativa à zaragatoa

Um estudo realizado por quatro instituições de ensino superior portuguesas e submetido para avaliação na plataforma de publicações científicas Diagnostics defende que as amostras de saliva são alternativas aos tradicionais testes de zaragatoa na detecção da Covid-19.

21/02/2021  Última atualização 12H06
Amostras de saliva são alternativas aos tradicionais testes de zaragato © Fotografia por: DR
Apesar de "alguma heterogeneidade” nas metodologias, a proporção de pacientes infectados e não infectados correctamente detectada pelos testes de saliva foi de 83,9% e de 96,4%, respectivamente, conclui o estudo, que aguarda ainda 'peer review' (avaliação pelos pares).

O estudo - realizado por investigadores da Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz, da Faculdade de Farmácia de Lisboa, do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa - indica que a segunda melhor amostra foi a recolhida na região profunda da garganta (DTS/POS), que obteve uma melhor taxa de detecção correcta da infecção (90,1%) do que a saliva, mas um valor bastante inferior para a correcta detecção de não infectados (63,1%).
De acordo com informação divulgada pela Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz, a capacidade de correcta detecção de não infectados foi ainda mais baixa (25,4%) para amostras de expectoração, apesar da razoavelmente elevada sensibilidade na detecção de casos positivos (85,4%).

O trabalho de investigação propõe que, por se basear numa amostra fácil de recolher, o teste de saliva pode aumentar significativamente a capacidade de testagem da população e promover a realização de testes rigorosos em locais como hospitais e clínicas ou escolas, aeroportos e lares.
"Globalmente, a performance clínica de outros tipos de amostras (urina, fezes e lágrimas) foi inferior, mas é importante salientar que o número de estudos relacionados com este tipo de amostras ainda é escasso neste momento”, ressalva o estudo proposto para avaliação.

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