A Organização das Nações Unidas (ONU) considera importante incutir hábitos sustentáveise consciência climática nas famílias desde cedo, pelo papel que desempenham na transmissão de valores ao longo de gerações.
O embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, Tulinabo Mushingi, considerou importante o lema adoptado para a presidência de Angola na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC): “Capital humano e financeiro: os principais motores para a industrialização sustentável da região”.
O diplomata, que falava depois da sessão de abertura da 43ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC, adiantou que os EUA vão avaliar de que forma poderão capacitar os jovens, no quadro daquilo que são os programas de formação para a troca de experiência em diferentes domínios, como a segurança e sociedade civil.
"Investir nos jovens e nas mulheres é crucial, pois desempenham um papel importante” num determinado país, defendeu o diplomata, para quem "é necessário ampliar o apoio neste sentido”.
Quanto à questão analisada durante a reunião do Comité Permanente (peritos) da SADC, nomeadamente a possibilidade de assinatura de acordos entre a organização regional e o Estados Unidos, Tulinabo Mushingi disse que o seu país também vai analisar de que forma podem as partes trabalhar no assunto.
Tulinabo Mushingi realçou o facto de os EUA apoiarem os esforços de outras organizações regionais africanas, como a SADC, a ECOAS e Grandes Lagos.
Cingindo-se, em particular, às relações com Angola, o embaixador dos EUA reafirmou que o seu país vai continuar a apoiar o Governo angolano na prossecução dos seus maiores desafios, com destaque para as questões de segurança.
"Enquanto Estado, temos a segurança como um dos pilares da nossa política e dentro desta área vamos ver o que podemos fazer em três domínios específicos, nomeadamente a capacitação de forças de segurança, treinamento e a partilha de experiência com as forças de segurança dos dois países e a de inteligência”, disse.
Luísa
Damião destaca importância do Corredor do Lobito
A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, disse que Angola começou a fazer bem o seu trabalho de casa, antes de assumir a presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Luísa Damião apontou os trabalhos do Corredor do Lobito, para escoar a produção dos países membros da região, o lançamento do Angosat-2 e outras infra-estruturas que vão influenciar a integração regional.
Em declarações à imprensa, à margem da cerimónia de abertura da 43ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC, a vice-presidente do MPLA admitiu que os desafios são enormes para Angola, mas o importante "é que os 16 países possam juntar sinergias, no sentido de caminharem para a integração regional”.
Entre outros desafios, Luísa Damião apontou a paridade de género e o processo de industrialização da região. "Angola terá grandes desafios, mas se unirmos todos os esforços dos países-membros, poderemos fazer uma caminhada sólida e segura rumo à industrialização”, encorajou.
Questionada sobre a possibilidade de uma moeda única para a região, a vice-presidente do MPLA defendeu primeiro um trabalho de casa "bem feito”, para depois evoluir nesta agenda. Sobre o assunto, lembrou a experiência do Fórum Parlamentar da SADC, cujo processo para a sua transformação em Parlamento ainda decorre.
O Fórum Parlamentar Regional prevê produzir iniciativas legislativas sobre vários temas que podem interessar os vários países da região, como saúde reprodutiva, boa governação, paridade de género, economia, finanças, entre outros.
Líder
da UNITA espera pelo Parlamento Regional
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse que gostava de ver materializado, no mandato de Angola, a elevação do Fórum Parlamentar em Parlamento da SADC.
Depois de considerar o novo mandato de grande responsabilidade, o líder do maior partido na oposição em Angola referiu que quando as presidências rotativas ocorrem é necessário deixar uma marca.
A SADC é a única região de África que não tem Parlamento regional a funcionar e sem uma sustentação jurídica ou legal daquilo que são os actos de governação, notou Adalberto Costa Júnior, para quem, assim, dificilmente a organização será funcional e com uma integração efectiva.
"Era importante que os Chefes de Estado dessem esse passo de confiança na formatação efectiva da Comunidade de Desenvolvimento de Integração de legalidade, através da sustentabilidade daquilo que é o Parlamento a funcionar”, afirmou.
O político considerou que as leis vêm da sustentabilidade das governações e insistiu que "a SADC nunca será efectivamente uma integração real se o Parlamento não sair”.
Segundo ainda Adalberto Costa Júnior, o desenvolvimento faz-se com leis efectivas, mas as leis aprovadas pelo Fórum Parlamentar da SADC não são obrigatórias. "Assim, a fiscalização não funciona e será sempre uma forma não fortificada de termos uma comunidade de 370 milhões”, sustentou.
Para a presidente e deputado do PHA, Bela Malaquias, as estratégias de integração da SADC são assertivas, na medida em que visam a industrialização da região, bem como a reabilitação do capital humano, "para ver se se dá um salto ao nível da região e ultrapassarmos a situação precária em que nos encontramos”.
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