Com duração de quatro dias, o evento terá a participação de 500 expositores ligados aos sectores Agrícola, Industrial, Mineiro, Banca e Serviços, e decorre sob o lema: "A produção da banana, na vanguarda da diversificação da economia e auto-suficiência alimentar”.

O evento reúne produtores familiares, cooperativas, fazendeiros, pesquisadores e agrónomos que buscam melhorias para o aumento da produtividade em termos sustentáveis, números que, em 2023, cifram-se em 443 toneladas de banana das mais variadas espécies.

A governadora provincial do Bengo, Maria Antónia Nelumba, frisou, na abertura do evento que, no Bengo "são muitas famílias que se dedicam à produção da banana, propiciando-lhes uma condição de vida melhor, ao contrário da larga maioria das frutas, tem a vantagem de ser produzida ao longo de todo o ano, com a facilidade de manejo, armazenamento e a simplicidade e rapidez de amadurecimento, onde os nossos maiores desafios são a criação de algumas condições infra-estruturais para permitir o aumento dos níveis de produção e produtividade.”

A melhoria das vias secundárias e terciárias, no ponto de vista da governadora Maria Antónia Nelumba, "assume-se como um elemento vital para permitir que tudo quanto se produza tenha escoamento fácil nos principais mercados nacionais”, um exercício que pede alguma urgência, porque, "infelizmente muita banana ainda se estraga por falta de escoamento, o que nos impele a redobrar esforços para inverter o actual quadro.”

A governadora informou, por outro lado, que a província do Bengo é potencialmente agrícola, com clima tropical, propício para a prática da actividade em todo o ano, possuindo uma área arável de cerca de um milhão de hectares e uma vasta bacia hidrográfica constituída por cerca de 10 rios, com destaque para o Dande.

As culturas mais predominantes no Bengo, frisou, são a mandioca, batata-doce, rena, feijão, banana ginguba praticada por cerca de 70 por cento da população.

O Governo Provincial do Bengo, segundo Maria Antónia Nelumba, controla um total de 156 associações de camponeses e 187 cooperativas agro-pecuárias, grande parte delas integradas por ex-militares, nos seis municípios, presentes na feira do Panguila.

A responsável destacou igualmente as fazendas Novagrolíder e Turiagro, instaladas no perímetro da Caxito Rega, que tornam possível o consumo além fronteiras da banana produzida no Bengo.

Dinamizar a produção

O director Nacional para a Economia e Fomento  Empresarial, do Ministério do Planeamento, Allan Varela, sublinhou que as feiras fazem parte do processo que visa alavancar e dinamizar a produção nacional.

Allan Varela garantiu que a província do Bengo tem sido líder na promoção de feiras, a exemplo da décima edição da Feira de Produção da Banana.

"No âmbito do programa do desenvolvimento do comércio rural, no ano passado, a  província do Bengo beneficiou de 20 camiões, que estão a potenciar a produção nacional. Temos outras iniciativas no âmbito do PRODESI, que têm estado a beneficiar os nossos empresários a nível das 18 províncias. A nossa expectativa é que consigamos dinamizar mais créditos para desenvolver toda a cadeia de produção, transformação e também a comercialização”, informou.

Municípios mostram potencialidades da província

Os seis municípios que compõem a província do Bengo,  nomeadamente Ambriz, Bula Atumba, Dande, Dembos, Pango Aluquém e Nambuangongo pretendem alcançar o maior volume de negócio, de acordo com as toneladas de produtos agrícolas expostas na feira que decorre de 26 a 28 do corrente mês.

O director Municipal  do Gabinete de Desenvolvimento Integrado e Económico do Pango Aluquém, André Dialamicua, disse que a região trouxe à FEIBA um total de  40 expositores, diferente da edição passada, que foram 35.

A quantidade de produtos que estão a ser expostos e a venda rondam as 70 toneladas, com a maracujá na liderança, depois a rosa de porcelana, banana e cana-de-açúcar.

O administrador-adjunto de Nambuangongo,  Paulo Muachilula,  informou que o município trouxe 35 expositores, com um volume de produtos que totalizam 60 toneladas.

O director Municipal da Agricultura, Pecuária e Pesca do Dande, Amaral Silvestre, disse que o objectivo,  nesta feira, é de se posicionar na primeira posição, com o prémio de melhor representação municipal, uma vez que a região tem expostas 40 toneladas de produtos diversos, com a estimativa de um volume de negócios de 3,8 milhões de kwanzas.