Uma feira de livros está a ser promovida durante uma semana, no Largo 1º de Maio, no quadro da III Edição do Festival da Música e Dança Regional Leste, denominado Ngeya, que este ano se realizou de 28 a 29 de Junho, na cidade de Saurimo, capital da província da Lunda-Sul.
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, o alfarrabista Manuel Virgílio lamentou a pouca adesão das editoras, livrarias, alfarrabistas e dos próprios leitores.
Segundo o alfarrabista, um dos motivos da ausência pode estar associado ao facto de muitos leitores, sobretudo da nova geração, terem estado a optar mais pelos livros digitais, o que tem de certa forma desencorajado a adesão de outros colegas. "O livro virtual também faz com que o livro físico agora tenha pouca procura e compra”, referiu.
Ainda assim, Manuel Virgílio reconheceu que os adultos ainda preferem adquirir o livro físico na sua bancada. O alfarrabista explicou que a sua presença na feira tem incentivado a procura de alguns livros académicos que são pouco encontrados no mercado e atiçado a curiosidade de alguns jovens.
Manuel Virgílio disse que tem no seu espaço entre 300 e 400 livros dos mais variados géneros, desde os científicos, de prosa, romances e de poesia. Os preços de venda variam de três mil a cinco mil kwanzas.
Alfarrabista ambulante
Manuel Virgílio é alfarrabista há 18 anos e tem estado a girar pelo país a vender livros para levar conhecimento, porque quem lê um livro não será a mesma pessoa, na medida em que o livro abre novos caminhos.
Na verdade, disse, a ideia de fazer digressões pelas províncias surgiu quando era vendedor ambulante em Luanda, onde reside. Ao longo do tempo foi ganhando outras experiências. "Fui vendo que estava a dar resultados positivos e vender bem, diferente do que na cidade capital do país”, justificou.
Por isso,frisou, tem preferido viajar e explorar outros mercados literários. Das digressões, lembrou a realizada em 2006, nas festividades alusivas ao Dia da Cidade do Uíge. A partir daí, conta, ganhou o gosto de andar pelas outras províncias, a fazer chegar o conhecimento através dos livros.
Manuel Virgílio encontra-se na cidade de Saurimo há 35 dias e disse que vai ficar por mais quatro dias antes do regresso a Luanda, realçou, sempre foi meio tímida e envergonhada. "A minha mãe dizia que tinha de aprender a lidar com isso e vencer a timidez, porque notava o meu talento e que seria uma grande cantora”, disse Valdênia Ernesto.
Com o incentivo da progenitora, explicou, procurou aprender mais e aperfeiçoar o canto para explorar melhor a voz, porque tem um timbre semelhante ao da cantora Pérola, uma das suas favoritas no mercado angolano. Neste processo, agradeceu o incentivo dos colegas integrantes da Banda Diamante, que muito a ajudaram a estar à vontade em palco.
Profissionalmente, disse, está no mercado há quatro anos, mas já canta desde os quatro anos. Trabalha com a Banda Geração Diamante, criada há três anos.
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