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França nega disposição para dialogar sobre a guerra

O Governo francês garantiu, ontem, que não manifestou "disposição para dialogar" com Moscovo sobre a guerra na Ucrânia, durante a conversa telefónica entre o ministro francês da Defesa, Sébastien Lecornu, e o seu homólogo russo, Serguei Shoigu.

05/04/2024  Última atualização 08H45
Ministro Sébastien Lecornu conversou com homólogo russo © Fotografia por: DR
Fonte do gabinete de Lecornu referiu à agência France-Presse (AFP) que Paris "não aceitou nem propôs nada" sobre este assunto. O Ministério da Defesa russo tinha divulgado, em comunicado, que na conversa telefónica os dois ministros expressaram "disposição para o diálogo" sobre a guerra na Ucrânia.

"Foi notada uma vontade de dialogar sobre a Ucrânia. O ponto de partida poderia ser 'A Iniciativa de Istambul para a Paz'. Realizar uma reunião em Genebra sem a participação da Rússia não faz sentido", frisou o Ministério russo.

O Ministério da Defesa francês já tinha divulgado a conversa telefónica entre os dois ministros, que falaram, pela primeira vez desde Outubro de 2022, tendo abordado, na conversa, o atentado de Março reivindicado pelo autodenominado Estado Islâmico (EI) em Moscovo. Segundo um comunicado do Ministério francês, Sébastien Lecornu "reiterou a disponibilidade da França" para "aumentar os intercâmbios" com Moscovo no quadro da luta contra o "terrorismo", tendo, também, condenado, sem reservas, a guerra de agressão que a Rússia lançou contra a Ucrânia.

A conversa telefónica de uma hora com o ministro russo Serguei Shoigu foi realizada por iniciativa de Paris, que recordou não ter qualquer informação que "permita estabelecer uma ligação entre o ataque (ao Crocus City Hall) e a Ucrânia" e apelou à Rússia para "cessar qualquer instrumentalização neste sentido".

Já o Ministério da Defesa russo disse esperar que "os serviços secretos franceses" não estejam envolvidos no ataque perto de Moscovo, reivindicado pelo Estado Islâmico (EI). "O Governo de Kiev não faz nada sem a aprovação dos seus supervisores ocidentais. Esperamos que, neste caso, os serviços especiais franceses não estejam por trás disto", frisou Sergei Shoigu, citado no comunicado.

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