Sociedade

Governo de Luanda cria comissão para avaliar problemas dos mercados

António Cristóvão

Jornalista

Uma comissão técnica do Governo Provincial de Luanda (GPL) trabalha, a partir de hoje no mercado do 30, para identificar os problemas e apresentar as soluções.

22/04/2024  Última atualização 07H45
Jorge Miguêns ( 2º à esquerda) defende melhoria das infra-estruturas e de gestão dos mercados © Fotografia por: Armando Costa | Edições Novembro

O vice-governador provincial para o Sector Económico, coordenador da comissão técnica, disse sábado, à imprensa, após uma visita de trabalho ao local, que a execução das obras para melhorar a via de acesso, infra-estrutura e os serviços internos do Mercado do Km 30, no Distrito Urbano da Baia, está dependente de financiamento.

Jorge Miguêns esclareceu que a comissão tem como objectivo definir uma data exacta para o início das acções de melhoria das infra-estruturas e modelos de gestão dos mercados da província de Luanda.

A visita de trabalho ao Mercado do Km 30, disse, foi a primeira de várias. "Estamos a assumir esta grande empreitada. O município tem a coordenação de acompanhamento deste trabalho sob a supervisão do Governo Provincial de Luanda. Isto não é para parar. Vamos vir com mais frequência para observar como está a decorrer a execução”, disse.

Em relação à empresa empreiteira, Jorge Miguêns adiantou que têm várias propostas, mas prefere não avançar nomes sem concluir o processo de financiamento.

Após a autorização da verba, avançou, a primeira fase estará virada para as vias de acesso, seguida depois para o trabalho interno no Mercado Km 30. "Há um trabalho profundo que temos de fazer”, disse.

Além do vice-governador, integram a comissão outros quadros do GPL, o administrador municipal de Viana, Demétrio de Sepúlveda, e o gestor do Mercado do Km 30, António Domingos "Toni Mulato”.

A comissão foi criada no quadro das acções de melhoria das infra-estruturas e modelos de gestão dos mercados da província de Luanda.

 

Novo espaço

O administrador do Mercado do km 30, António Domingos "Toni Mulato”, defendeu, sábado, no Distrito Urbano da Baia, a construção de uma nova infra-estrutura para o recinto, com ruas de betão ou asfaltadas, devido ao peso dos camiões de descarga, e um sistema de drenagem eficiente para permitir a salubridade do recinto.

"O mercado precisa de muita coisa, principalmente das vias terciárias que têm de ser feitas de betão ou com asfalto para uma melhor organização do recinto”, disse, acrescentando que na época de chuva o local fica irreconhecível e quase sem acesso para os automobilistas.

Para o responsável, é preciso criar um sistema para a organização do mercado. O Mercado do 30, lamentou, não dispõe de sistema eléctrico e água canalizada da rede pública, mas têm trabalhado com energia de fontes alternativas. "Fizemos dois tanques de 80 mil litros cúbicos de água para mitigar algumas situações para as vendedeiras de refeições e bebidas”, esclareceu. Em relação ao número de quartos de banho públicos no mercado, o administrador disse que existem 24, mas geridos por pessoas singulares.

"São espaços privados. Tudo que está no interior do mercado é privado. Os donos pagam a taxa diária de 200 kwanzas”, avançou.

Quanto à segurança no mercado, Toni Mulato garantiu que é um local seguro e está sob protecção de uma empresa privada e não têm tido problemas de assaltos dos haveres dos vendedores.  Antes do final da visita, Toni Mulato pediu ao vice-governador três camiões para começar a retirar os resíduos sólidos, que ficam após o término das vendas.

 

A infra-estrutura

O Mercado do km 30 está fixado, no Distrito Urbano da Baia, município de Viana, numa área de 12.990 hectares, repartido em 12 áreas de vendas, designadamente para o comércio de diversos produtos agrícolas, recinto de refeições e bebidas, comércio, material de construção, roupas usadas, produtos frescos perecíveis, armazéns, lojas, matadouros venda ambulante e área para venda de peixe seco diversos.

A direcção do mercado é constituída pelo administrador, secretário da administração, os responsáveis pela supervisão, saneamento básico e fiscalização.

Além destes, a instituição funciona com 44 supervisores, 119 fiscais e 200 empregados para os serviços de saneamento básico.

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