O ministro da Cultura, Filipe Zau, considerou, terça-feira, em Luanda, o Jazz como um género musical inclusivo que se renova continuamente pela incorporação de novas estruturas.
Vários artistas nacionais e internacionais actuaram, terça-feira, às 20h, na Baía de Luanda, na abertura do Festival Internacional do Dia do Jazz, organizado pela Bienal de Luanda, o projecto Resiliart Angola e a UNESCO.
O colectivo de teatro Henrique Artes, vencedor em 2013 do Prémio Nacional de Cultura e Artes, na categoria de teatro, estreia, hoje, às 20h00, a peça de teatro “A Paixão de Pai José”, Casa das Artes, Talatona, em Luanda. O espectáculo volta a ser exibido amanhã, no mesmo local e horas.
O drama segundo a sinopse narra a história da maior tortura de pai José que se apaixonou por Maria e foi privado de viver este amor. Fátima, filha do Barão, obcecada pelo escravo, fará de tudo para se tornar a única luz aos olhos de Pai José.
O personagem principal, Pai José, é um escravo reprodutor que lutou pela libertação dos seus irmãos e filhos e uniu-se a movimentos que lutavam pela abolição dos escravos africanos. Durante a década de 1830, a economia cafeeira começou a despontar no Brasil um grande império de fazendeiros milionários.
A afluência de escravos intensificou-se por aquelas bandas, foi também um momento de grande exploração do trabalho e maus-tratos de homens, mulheres e crianças negras africanas.
Segundo o enredo, isto criou a revolta de Pai José contra aqueles que escravizavam os seus irmãos e começou a arquitectar uma série de fugas e a criação dos Quilombos, para se protegerem dos exploradores e viverem livres, na esperança de progredirem para uma luta colonial, que libertaria os africanos da escravatura.
Para dar vida aos personagens, a peça de teatro conta com a participação dos actores: Adilson Cadete que representa "Pai José”, Carina Sousa, a personagem de "Fátima” que é a Sinhá baronesa, Cláudia Gourgel, no papel de "Iemanjá”, Sofia Lucas, dá corpo a personagem de escrava "Maria”.
Um percurso de sucesso
O grupo fundado em Luanda, há 16 anos, no colégio técnico pré-universitário Henriques, por Flávio Ferrão, tem no seu repertório várias obras, com destaque para "Amor fatal”, "A sombra”, "Conspiração”, "Controvérsias sociais”, "Contra o tempo”, "Dançando com o lobo”, "Dossier leviano”, "É minha gente, temos o mesmo cheiro”, "Elvira”, "Eu vi e vivi, eles não eram loucos” e "História que marcou o Sul”.
O ano de 2014 foi um êxito para o grupo, por ter sido o ano em que o grupo Henrique Artes teve dois momentos bastante importantes a nível internacional: a participação no festival do Mindelo "Mindelact 2014”, Cabo Verde, com dois espectáculos, "Hotel Komarka” e "A Órfã do Rei”, tendo sido este último também exibido na 8ª Semana de Cultura em Macau (China), neste mesmo ano.
No campo internacional, os espectáculos "Hotel Komarca” e "A Órfã do Rei” foram os que mais deram projecção ao grupo.
Com a peça "Hotel Komarca” o grupo foi distinguido com o Prémio Revelação em 2010 durante o Festival de Teatro de Língua Portuguesa (FESTLIP), realizado anualmente na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
O colectivo de teatro Henrique Artes, vencedor em 2013 do Prémio Nacional de Cultura e Artes, na categoria de teatro, foi fundado em 2000 por estudantes do Colégio Henrique, em Luanda.
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