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Homenagens e feira cultural marcam aniversário de Luanda

Uma feira denominada “Luanda é Cultura”, a decorrer na Marginal de Luanda e um show de drones e fogo de artifício, no mesmo local, marcam, hoje, as festividades da do 448º aniversário da cidade capital.

25/01/2024  Última atualização 07H40
Marginal de Luanda © Fotografia por: Edições Novembro
Para amanhã e sábado, está previsto um quadrangular de Mão Bol, na Ilha de Luanda, que também acolhe a Feira de Gastronomia, defronte ao antigo Hotel Panorama.

As actividades comemorativas, que arrancaram no início do mês, encerram no dia 31, com um wokshop sobre Voluntariado Juvenil, na Casa da Juventude, em Viana.

Homenagem a Mantorras

No domingo, o campo Mário Santiago, no distrito urbano do Sambizanga, acolheu um jogo de futebol em homenagem ao futebolista Pedro Mantorras, no quadro das comemorações das festividades da cidade.

No mesmo dia, cerca de três mil pessoas participaram no show gospel "O Amor Salva", no Centro de Conferências de Belas, com a actuação de vários nomes da música gospel nacional.

Pedro Mantorras voltou a ser homenageado, na segunda-feira, numa gala realizada no Salão de Festas Palmeiras, na Cidade Alta, com a participação de 300 individualidades.

Uma Feira do Livro e do Artesanato está patente no Largo do Alameda, desde o início do mês.

A cidade de Luanda foi fundada a 25 de Janeiro de 1576.

Segundo as projecções do Instituto Nacional de Estatística (INE) para 2022, Luanda conta com uma população de 9.079.811 habitantes, sendo a província mais populosa do país.

Luanda é o principal centro financeiro, comercial e económico de Angola, onde estão sediadas as principais empresas do país, como a Endiama, Sonangol, Banco Nacional de Angola e a Bolsa de Dívida e Valores de Angola.

Com uma extensão de 18.826 quilómetros quadrados, a província estendeu-se para zonas antes agrícolas, com o surgimento de novas zonas habitacionais, como os Zango (de um até cinco), Kilamba, Vida Pacífica, Sequele e Centralidade do Km-44,  entre outras áreas residenciais, que acolhem centenas de milhares de famílias, que antes não tinham casa própria.

Cartão de visita

Luanda tem como cartão de visita a Baía de Luanda, a Avenida 4 de Fevereiro, com belas edificações, como o edifício do Banco Nacional de Angola.

Actualmente, com mais de oito milhões de habitantes, a província de Luanda está dividida administrativamente pelos municípios de Luanda, Cazenga, Viana, Cacuaco, Belas, Icolo e Bengo, Kissama, Talatona e Kilamba Kiaxi.

Fundação

A cidade de Luanda foi fundada a 25 de Janeiro de 1576 pelo explorador português Paulo Dias de Novais, sob o nome de São Paulo de Assunção de Loanda. Um ano antes, em 1575, ao desembarcar na Ilha do Cabo, o capitão Paulo Dias de Novais estabeleceu o primeiro núcleo de colonos portugueses, composto por cerca de 700 pessoas, 350 das quais eram homens de armas, religiosos, mercadores e funcionários públicos.

Um ano depois, em 1576, Paulo Dias de Novais reconheceu não ser aquele um lugar adequado e avançou para terra firme. Fundou a vila de São Paulo da Assunção de Loanda e lançou a primeira pedra para a edificação da igreja dedicada a São Sebastião, onde se encontra hoje o Museu das Forças Armadas.

  Plantação de um milhão de árvores até 2027

António Cristóvão

O Governo Provincial de Luanda (GPL) lançou, em Dezembro, o Programa de Arborização de Luanda (PAL).

Após a divulgação do PAL, no dia seguinte, foram plantadas cerca de seis mil árvores, numa parte da extensão da Avenida Lueji A’Nkonde, no distrito urbano do Sambizanga, encabeçada pelo governador, Manuel Homem.

Antes da plantação das árvores, o governador entregou oito motos cisternas para auxiliar no serviço de irrigação das árvores.

O PAL prevê a plantação, na capital do país, de mais de um milhão de árvores até 2027 e pelo menos de 10 milhões até 2034.

Para o cumprimento do programa, Manuel Homem disse que conta com todos os parceiros sociais da província de Luanda, com a finalidade de inverter a escassez de árvores na capital do país e estimular o ressurgimento de mais espaços verdes e polígonos florestais para a promoção da saúde dos solos e ambiental.

De acordo com dados do GPL, o programa está repartido em duas fases, sendo a primeira para a arborização das ruas e avenidas dos nove municípios de Luanda, algumas escolas definidas, espaços públicos, parques e zonas de lazer.

 DISTRITO URBANO DO ZANGO
Moradores da "Ilha Seca” aguardam realojamento no Icolo e Bengo

António Cristóvão

Os moradores da "Ilha Seca”, residentes em condições precárias, no distrito urbano do Zango, esperam ansiosamente pelo realojamento, no município de Icolo e Bengo, conforme a garantia do governador provincial de Luanda, Manuel Homem, durante uma visita ao município de Viana, em Novembro do ano passado.

Para o realojamento da população, explicou o governador na ocasião, estão a ser construídas 1500 casas sociais no Icolo e Bengo.

Manuel Homem anunciou que o início das obras do "corredor central” da estrada do Zango-Calumbo estava dependente do realojamento das famílias residentes naquela zona da via.

Em relação à empreitada no Zango, Manuel Homem indicou que a obra vai incluir trabalhos de macro-drenagem.

Vias alternativas do Zango

O governador indicou o mês de Janeiro para o início da obra das vias alternativas da estrada principal do Zango-Calumbo, já que se encontravam na fase da assinatura do contrato com a empreiteira.

"Não vamos reparar a estrada do corredor central do Zango, enquanto não retirarmos essas pessoas da área de risco”, explicou aos jornalistas.

Manuel Homem assumiu, contudo, o compromisso de realojar as populações, paulatinamente, no Icolo e Bengo, após a construção das primeiras casas.

"Temos uma lista feita em 2009, com os nomes das pessoas seleccionadas. Caso haja um falecido, o filho deste vai receber a casa”, esclareceu na ocasião.

 Obras na Olímpio Macuéria

As obras da estrada Olímpio Macuéria, no bairro Neves Bendinha (ex-Popular), arrancam na segunda semana do mês de Fevereiro, revelou, na segunda-feira à Rádio Luanda, o director do Gabinete Provincial de Infra-Estruturas e Serviços Técnicos.

Calunga Quissanga disse que a empreitada inicia após a conclusão da rua Machado Saldanha, na mesma localidade. "Neste momento, os trabalhos continuam na Machado Saldanha. Temos, também, a extensão da Avenida Hoji ya Henda, no município do Cazenga, que tem a previsão de término para o final do mês de Fevereiro. Estamos com 80 por cento das obras”, disse, quando questionado sobre o andamento das empreitadas na capital do país.

Quanto à empreitada na rua da Nazaré, no bairro Neves Bendinha, Calunga Quissanga informou que as obras estão a 40 por cento para finalizar, garantindo que devem terminar no mês de Abril.

"Temos a rua da Nazaré e, em mais dois meses de trabalhos, será finalizada”, garantiu.

Questionado sobre as obras na rua Henrique Gago da Graça, também, denominada de Pedrinhas, no bairro Terra Nova, distrito urbano do Rangel, o responsável do GPIST garantiu que continuam com normalidade.

Município de Cacuaco

No município de Cacuaco, explicou Calunga Quissanga, a empresa portuguesa Mota Engil está a criar as condições para o início das obras, mas sem precisar o local exacto da tarefa.

Questionado sobre o problema das ravinas no Lar do Patriota, o director do DGPIST revelou que a tarefa é da responsabilidade do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação.

"É uma situação do domínio do GPL, mas é uma empreitada da responsabilidade do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação”, disse à Rádio Luanda.

Calunga Quissanga declarou que uma equipa técnica havia se reunido com a Comissão de Moradores da área para esclarecer a situação.

"Decorrem os processos para a transferência de competências para que a empreitada possa passar para o GPL”, disse, acrescentando que se aguarda pela decisão.

Reordenamento do comércio devolve calma à zona do São Paulo

Jurelma de Castro

As ruas próximas do Mercado do São Paulo estão calmas, sem aquela agitação frenética que se registava principalmente na famosa zona do Arreiou.

Por conta disso, o trânsito automóvel faz-se ao ritmo normal, uma vez que as vendedoras que praticavam o comércio de forma desordenada foram retiradas.

Aliás, este é um cenário que a zona regista desde o ano passado, quando o Governo Provincial de Luanda começou a implementar, em Maio, o Programa de Ordenamento do Comércio. Até agora, apesar de uma ou outra venda em local impróprio, a rua principal do São Paulo é, hoje, diferente.

Mesmo na zona da Gajajeira, onde se concentravam grande parte das zungueiras, o cenário é de certa organização. Pelo menos, é o que o Jornal de Angola constatou, ontem, durante uma ronda nas principais artérias daquela parcela de Luanda.

Mesmo em tempo chuvoso, as ruas estão secas. Não há aquele lamaçal habitual nem as enchentes de pessoas à porta das lojas.

Com isso, a circulação faz-se de forma amena, o que retira a possibilidade de os "amigos do alheio" fazerem das suas. Pelo menos de dia. A noite é a que preocupa, uma vez que a zona não tem iluminação e os marginais aproveitam-se disso para assaltar transeuntes e roubar em residências.

Antónia Francisco, moradora do bairro há 49 anos, mostra-se agastada com esta situação e lamenta pelo facto de ver a zona onde nasceu e cresceu perigosa.

"Desde que fecharam os armazéns, tudo ficou isolado e estamos a sofrer muitos assaltos, daí a necessidade de se ver o problema da iluminação aqui na rua do Arreiou", disse a moradora.

No entender dela, a situação é melindrosa, uma vez que o número considerável de assaltos deixou os moradores, nos últimos meses, com medo de serem atacados.

"Ultimamente, os nossos filhos que estudam no período nocturno passam mal. Para piorar a situação, vivemos no beco", disse, apelando à administração municipal e a Polícia Nacional a intervir com urgência.

Antigamente, Antónia Francisco fazia um pequeno negócio no quintal da sua residência.

"Além do aluguer que os chineses pagavam com o processo das mercadorias, eu fazia refeições e boa parte dos clientes eram os comerciantes", contou.

Reabertura das lojas

Diariamente, comerciantes que têm lojas naquela zona, concentram-se no local, em busca de alguma informação sobre a reabertura dos estabelecimentos.

Naite Mohamed, comerciante de uma das lojas, conta que durante o processo de reordenamento do comércio foram orientados a reabilitar o espaço.

"O espaço está bonito, cumprimos com tudo que nos foi orientado mas, ainda assim, continuamos parados", disse.

A fonte referiu ter conhecimento que depois da festa da Cidade de Luanda, o Governo Provincial, por intermédio da administração municipal, vai resolver a situação, apesar de algumas lojas ainda estarem a fazer obras.

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