Política

Huambo quer mobilidade e desenvolvimento da região

Justino Victorino / Huambo

Jornalista

O melhoramento da mobilidade, fortalecimento das trocas comerciais e o desenvolvimento da região constituem as grandes apostas do Governo da Província do Huambo, com as obras de reabilitação dos 65 quilómetros da Estrada Nacional n.º 354, no perímetro Cuima-Cusse, cuja empreitada teve reinício em Fevereiro deste ano.

09/08/2024  Última atualização 08H44
© Fotografia por: Joaquim Armando | Edições Novembro
O propósito ficou expresso nas declarações do governador Pereira Alfredo, durante a visita de constatação ao retomar das obras do troço, que liga as províncias do Huambo e da Huíla.

O governante disse que a estrada Cuima-Cusse é uma obra de âmbito Central e que vai merecer uma boa intervenção, por um lado, por ligar as duas províncias, e, por outro, tendo em conta que ao longo da vai existem muitas comunidades que necessitam de melhorar a mobilidade, no sentido de fortalecerem as trocas comerciais e levar o desenvolvimento para a região.

Pereira Alfredo reconheceu, por outro lado, que existem nas comunas do Cuima e Catata empreendimentos económicos muito importantes, que aguardam ansiosamente pela conclusão da referida estrada.

"O que viemos fazer é verificar se a retomada da obra está em curso, e deu para constatar que decorrem a uma velocidade satisfatória”, regozijou-se, admitindo que as comunidades clamam pela conclusão da empreitada Cuima-Cusse, reiterando tratar-se de um território vasto, que precisa de assegurar melhor mobilidade.

Durante a visita ao perímetro em obras, o governador recebeu informações detalhadas do representante da obra, Rui Vasco, que deixou garantias de que os trabalhos decorrem a bom ritmo, faltando apenas alguns financiamentos, para dar sequência aos níveis desejados. 

Sem avançar o grau de execução física e financeira, Rui Vasco explicou que a execução da estrada já permitiu a realização da terraplanagem e compactação da via, devendo, dentro de alguns dias, iniciar a construção do sistema de drenagem, colocação da camada de aterros e a averiguação das quatro pontes, que ligam os 65 quilómetros de estrada entre as comunas do Cuima e Catata, pertencentes à circunscrição administrativa do Huambo e Cussi, na província da Huíla.

O governador manifestou-se, na ocasião, satisfeito com os avanços realizados no terreno, apelando ao maior engajamento da empresa encarregada de executar a construção, tendo em vista o cumprimento dos prazos.  

Escoamento de produtos

A administradora da comuna da Catata, Maria Luísa, afirmou, ao Jornal de Angola que a reabilitação da estrada em referência, além de possibilitar o escoamento dos produtos agrícolas com maior rapidez, vai ajudar a consumar outros negócios e galvanizar a produção dos fazendeiros da região e dos investidores.

"Este troço é de grande importância para a província do Huambo e para a Região Centro-Sul, uma vez que a sua recuperação vai permitir aumentar o volume de trocas comerciais”, esclareceu.

Maria Luísa explicou, ainda, que a Estrada Nacional n.º 354 é a principal de ligação entre a Huíla e o Huambo, muito utilizada por homens de negócios, taxistas e automobilistas das duas províncias.

As comunas do Cuima e Catata, acrescentou a administradora, são potencialmente agrícolas, produzem milho, feijão, hortícolas, batata-doce e rena, ocupando, ainda, uma posição de destaque na pecuária, daí a preocupação dos produtores em verem as vias reabilitadas, para facilitar as trocas comerciais entre as zonas de cultivo e os principais centros urbanos.

Contacto com a sociedade civil 

No quadro da jornada de campo ao município da Caála, o governador Pereira Alfredo manteve um encontro de auscultação com os membros da sociedade civil, onde foram apresentadas as preocupações relativas ao fornecimento de energia eléctrica, água potável, recuperação de vias de acesso, iluminação pública na estrada que liga o Huambo a Caála, e a vandalização dos bens públicos, praticados por indivíduos ainda desconhecidos. 

Confrontado com os problemas, Pereira Alfredo mostrou-se preocupado, sobretudo com os actos de vandalismo dos bens públicos, que grandes prejuízos provocam aos cofres do Estado. Apelou, por isso, aos órgãos que intervêm na gestão e fiscalização do património do Estado na região à tolerância zero aos que destroem os bens públicos.

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