Sociedade

INAC regista 416 casos de fuga à paternidade

Edna Mussalo

Jornalista

Dois mil e 416 casos de fuga à paternidade foram registados em Luanda no ano passado, revelou, esta quarta-feira, o director- geral do Instituto Nacional da Criança (INAC).

20/01/2021  Última atualização 21H25
Responsável do INAC foi um dos palestrantes © Fotografia por: Santos Pedro| Edições Novembro
Paulo Kalesi, que falava durante uma palestra dirigida a efectivos do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, disse que militares e membros de órgãos de defesa e segurança lideram a lista dos que rejeitam prestar assistência a filhos. 

O responsável advertiu  que a fuga à paternidade constitui crime punível com dois anos de prisão,  particularmente para os pais que insistentemente furtam-se das suas responsabilidades. Paulo Kalesi avançou que a instituição que dirige está a preparar  uma proposta para encaminhar  às entidades  competentes com vista a im-pedir que os pais que abandonam os filhos sejam nomeados ou promovidos a determinados cargos.

Para isso, explicou, as instituições  registam muitos casos, como nas Forças Armadas e Ministério do Interior, deverão obrigar os seus membros a apresentarem currículo familiar, para saber se a pessoa que vai ser nomeada cumpre cabalmente com a responsabilidade paternal. 
 "Este projecto visa desencorajar a fuga à paternidade, pois, as pessoas têm de ter consciência das suas responsabilidades”, afirmou. O director do INAC  disse que o número de  mulheres que abandona filhos constitui apenas cinco por cento do volume de casos registados pela  instituição. 

Iniciativa dos Bombeiros

O comandante do Quartel Principal dos Bombeiros em Luanda,  Flávio Chimbundi, disse que a palestra teve lugar por iniciativa da instituição sob sua tutela, em colaboração com o INAC, "com vista a sensibilizar os efectivos do órgão sobre as responsabilidades paternais”.  

Flávio Chimbundi informou que recebeu várias notificações de efectivos da  unidade que não prestam assistência a filhos, facto que o motivou a solicitar ao INAC  a realização de um ciclo de palestras. "Como o nosso lema é "Dar a Vida para Salvar Vidas”, temos de contribuir para que os nossos  efectivos assumam as responsabilidades como pais”, frisou. 

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Sociedade