Elisa Gourgel disse que a criança enfrenta, hoje, inúmeras dificuldades, do ponto de vista social. "É preciso que as crianças tenham mais acompanhamento, em especial das famílias. "Infelizmente, muitos pais fogem das responsabilidades”, criticou.

As igrejas, adiantou, enquanto parceiras do Estado, devem trabalhar mais na sensibilização das famílias e da sociedade para o cuidado emocional da criança. Actualmente, disse, há um conjunto de acções a serem efectuadas no quadro da protecção e transmissão de valores cívicos e morais aos menores.

Entre as preocupações do INAC, continuou, está o facto de ainda existirem muitas crianças nas ruas,  vítimas de mendicidades e, muitas vezes, instrumentalizadas pelos familiares. "A instituição tem estado a trabalhar nas acções para a formação de formadores, no quadro da protecção à criança”.

O trabalho da instituição, realçou, é velar pela protecção e atenção da criança. Na questão dos menores nas ruas e nos centros de acolhimento, o INAC, garantiu, tem procurado localizar as famílias de muitos. Para tal, referiu, a criação de uma rede de protecção é essencial.

"Esperamos que onde não haja representações da instituição, as ONG e as igrejas possam sensibilizar a comunidade sobre a importância de defender e valorizar mais os menores”, afirmou.

Em relação à protecção da criança, acrescentou, o INAC tem expandido a área de actuação, não limitando apenas ao território nacional, mas também aos menores, que estejam a residir noutros países e sejam vítimas de maus tratos e violências.