Depois de Angola ter adoptado a democracia como regime político, nos primórdios dos anos 90 do século passado, um dos fenónemos que ganhou relevância na sociedade angolana foi a reconfiguração da sua matriz religiosa, anteriormente resumida na existência das seculares igrejas Católica e Protestante, por razões sobejamente conhecidas.
No decurso da semana finda, foram divulgadas notícias sobre a configuração do cenário perfeito para a escalada da guerra entre a Rússia e os países que constituem a OTAN. As notícias davam conta da decisão que aponta para a possibilidade de fornecimento de sofisticadas armas à Ucrânia, no âmbito do conflito que opõe esses dois territórios da Eurásia, sendo a ameaça contra a segurança da Rússia o fundamento da tensão geopolítica actual. Mais do que as notícias, pode ser interessante trazer à conversa a filosofia contemporânea russa e as ideologias que lhes estão subjacentes.
A fidelidade ou militância associativa de um indívíduo não condiciona o ser intelectual. Não há um nexo de casualidade e consequência entre militância política e ser intelectual. Haveria, sim, essa relação se o indivíduo, por tal militância, deixasse de ter liberdade de pensamento e expressão, de acesso à informação, de escolha ou de associação