Começo este artigo reiterando a minha hipótese central quanto ao ressurgimento da extrema direita, do neofascismo, do conservadorismo religioso (cristão, islâmico, hindu ou qualquer outro) e, agora, do sionazismo: tudo isso constitui uma trágica resposta das classes baixas e médias aos efeitos do neoliberalismo (austeridade, desmantelamento do Estado, ataque aos direitos sociais, desindustrialização, transformação do capitalismo produtivista em capitalismo tecno-financeiro e rentista, uberização do trabalho e da economia, fragmentação e atomização social, exacerbação até ao limite da noção de “mercadoria”, globalização do capital, neocolonialismo, crises migratórias).
O país tem quase tudo por fazer em todos os sectores, com realce para aqueles considerados básicos para que uma sociedade atinja os mínimos indicadores aceitáveis de desenvolvimento, tais como Educação, Saúde, Águas, Energia e vias de comunicação.