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26/05/2024 Última atualização 09H30
Opinião

Leo Strauss, clássicos ocidentais e díscípulos - II

Após a publicação do livro de Francis Fukuyama “O Fim da História e o Último Homem”, o conceito de “fim da história” tornou-se moeda corrente para explicar os fenómenos políticos radicais das últimas décadas do século XX, entre os quais as mudanças políticas desencadeadas por Mikhail Gorbachov (1931-2022), a que se seguiu a queda do Muro de Berlim. Em simultâneo, o nome do filósofo franco-russo Alexandre Kojève ganhava notoriedade, revelando-se como o mais importante intérprete do “fim da história”, conceito que jazia na obra do filósofo alemão G.Wilhelm F. Hegel(1770-1831).Sobre a obra de Kojève, aprofundei a minha curiosidade em 1991, após a obtenção de novas referências através da revista francesa “Magazine Littéraire” que tinha publicado um dossier dedicado a Hegel e sua “Fenomenologia do Espírito”.Data dessa época o renovado interesse do grande público norte-americano, fora do circuito académico, pela obra de Alexandre Kojève (1902-1968), um amigo do filósofo germano-americano Leo Strauss(1899-1973).