As autoridades brasileiras bloquearam 675 sites e 14 aplicações de pirataria que ofereciam ilegalmente transmissões de televisão, conteúdos audiovisuais e jogos, numa operação anunciada, hoje, que contou com o apoio de instituições de outros países.
Graves inundações no Nordeste da Nigéria deixaram 30 mortos e afectaram mais de um milhão de outras, disseram as autoridades locais na quarta-feira, num balanço oficial citado pela BBC.
As actuais inundações ocorrem quase dois anos depois das piores inundações da Nigéria numa década terem matado mais de 600 pessoas em todo o país. Cerca de 15% de Maiduguri, capital do estado de Borno, estava submersa, disse o porta-voz da polícia estadual, Nahum Daso.
"Um milhão de pessoas foram afectadas até agora”, disse um assessor do governador de Borno, acrescentando que à medida que começarem os esforços para documentar as pessoas deslocadas, esse número poderá subir para 2 milhões. Os moradores de Maiduguri disseram que os alimentos ficaram caros desde que o mercado central foi destruído durante as enchentes. Há também receios contínuos sobre a vida selvagem depois que as enchentes destruíram parcialmente um jardim zoológico local e vários animais escaparam.
Os receios surgem num momento em que a África Ocidental sofre algumas das piores inundações das últimas décadas. Mais de 2,3 milhões de pessoas foram afectadas até agora este ano, o que representa um aumento três vezes superior ao do ano passado, de acordo com a ONU. As nações africanas estão a perder até 5% do seu PIB todos os anos, uma vez que suportam um fardo mais pesado do que o resto do mundo devido às alterações climáticas, afirma um novo relatório na segunda-feira, após um dos anos mais quentes de que há registo no continente.
A Organização Meteorológica Mundial afirma que muitas nações africanas estão a gastar até 9% dos seus orçamentos em políticas de adaptação climática. O assessor do governador sublinhou que as operações de resgate ainda estão em curso e que as pessoas deslocadas pelas cheias estão a reunir-se num antigo campo de refugiados fora da zona das cheias.
Críticas da HRW sobre acções da Justiça
A Human Rights Watch criticou esta semana a acusação de traição imputada a dez manifestantes na Nigéria, considerando que a acusação envia uma mensagem de intolerância face à dissidência, em vez de apoiar a liberdade de expressão. "Ao acusar os manifestantes de traição, as autoridades da Nigéria estão a enviar uma preocupante mensagem de intolerância à dissidência, em vez de apoiar o direito dos nigerianos à liberdade de expressão e de ouvir as suas reivindicações", disse a investigadora nigeriana da organização não-governamental, Anietie Ewang.
Em causa está a possível condenação de dez manifestantes a pena de morte por terem sido acusados de traição devido à participação nas manifestações contra o aumento do custo de vida e a pior crise económica numa geração. De acordo com a acusação, os manifestantes, incluindo um cidadão britânico, foram detidos na capital por terem "intenção de destabilizar a Nigéria e intimidar o Presidente".
Na nota divulgada, a HRW disse que o advogado que representa os 124 manifestantes detidos em Agosto no conjunto de manifestações realizadas com o lema #EndBadGovernance, contra as más condições económicas, ainda não teve autorização para falar com os clientes. Todos os 124 manifestantes, incluindo jovens com idades entre os 14 e os 17 anos, foram transferidos da custódia da polícia para centros de detenção correcional ou juvenil, na sequência de uma ordem judicial de 24 de Agosto para os manter detidos durante 60 dias até que seja concluída uma investigação e sejam apresentadas acusações contra eles.
"Esta ordem parece violar a lei nigeriana sobre a administração da justiça penal, que estipula que as ordens de prisão preventiva não devem exceder 14 dias, após os quais a polícia pode apresentar outro pedido de mais 14 dias, indicando a razão pela qual é necessária uma prorrogação", escreveu ainda a HRW no comunicado. Durante os protestos de Agosto, pelo menos 22 pessoas foram mortas pelas forças de segurança, de acordo com os números apresentados pela Amnistia Internacional, mas negados pelas autoridades.
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