A descoberta de um rato encontrado na comida de um passageiro obrigou um avião da companhia aérea escandinava SAS a aterrar, na quarta-feira, em Copenhaga, na Dinamarca.
As autoridades estabelecidas no Afeganistão pelos talibãs chicotearam publicamente seis pessoas, na província de Sar-e-Pul (norte), após terem sido condenadas por "adultério" e "relacionamentos ilícitos".
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, manifestou, na segunda-feiram, preocupado com o "aumento significativo da troca de tiros ao longo da Linha Azul" e instou Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah a reduzirem a escalada "imediatamente".
A chamada "Linha Azul” é a linha de demarcação estabelecida, desde Junho de 2000, pelas Nações Unidas entre Israel e o Líbano. Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado transfronteiriço, desde 8 de Outubro de 2023, um dia depois do início da guerra em Gaza, indica o Notícias ao Minuto.
Na sequência dos combates, Israel bombardeou, no último fim-de-semana, o Sul do Líbano com mais de 100 caças para impedir um "ataque iminente" do Hezbollah, que conseguiu disparar cerca de 300 projécteis contra o Estado judaico, na maior escalada entre as duas partes em quase duas décadas.
"Estas acções colocam em risco tanto a população libanesa como a israelita e ameaçam a segurança e a estabilidade regionais", afirmou o Secretário-Geral da ONU à imprensa, através de um porta-voz, que transmitiu o apelo ao "regresso urgente e imediato das partes à cessação das hostilidades e à plena aplicação da resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança".
Cerca de um mês depois do assassinato do seu comandante máximo, Fuad Shukr, num ataque israelita nos subúrbios de Beirute, o Hezbollah começou a retaliar, lançando 'rockets' e 'drones' contra o Norte de Israel. O movimento xiita libanês deu por terminada a operação "por hoje (ontem)" e indicou tratar-se da "primeira fase" da resposta.
Teerão mantém na genda Guerra com Telavive
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão prometeu uma resposta "bem calculada" ao atentado, em Teerão, que matou o líder do Hamas, e que o país não receia uma escalada militar com Israel.
"A reacção do Irão ao ataque terrorista israelita em Teerão é definitiva e será medida e bem calculada. Não tememos uma escalada, mas também não a procuramos, ao contrário de Israel", indicou Abbas Araghchi, no domingo, na rede social X (antigo Twitter).
A mensagem de Araghchi foi publicada depois de uma chamada telefónica com o homólogo italiano, Antonio Tajani, com quem teve uma "longa conversa focada na região".
O chefe da diplomacia de Itália pediu a Araghchi que "encoraje uma desescalada no Líbano e no Mar Vermelho", numa referência ao Hezbollah e aos rebeldes huthis do Iémen, ambos aliados do Irão
O ministro dos Negócios Estrangeiro italiano disse que o Irão poderia ajudar a "reduzir as tensões e facilitar" as conversações entre o Hamas e Israel para uma trégua na Faixa de Gaza, que estão a decorrer na capital do Egito, Cairo.
Gaza recebe vacinas contra a poliomielite
O Ministério da Saúde do Governo da Faixa de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas, confirmou que mais de 1,2 milhões de vacinas contra a poliomielite chegaram ao enclave.
A Autoridade Palestiniana indicou, também, que recebeu o primeiro lote de vacinas e que "está a trabalhar para fornecer mais 365 mil doses nos próximos dias". A campanha irá administrar duas doses da vacina a 640 mil crianças até aos dez anos, acrescentou, num comunicado publicado na rede social Facebook.
A Autoridade disse estar "a trabalhar dia e noite para coordenar com os parceiros internacionais de saúde o lançamento da campanha, nos próximos dias, para que não ponha em perigo a vida do pessoal de saúde".
Neste sentido, reiterou o apelo à comunidade e às organizações internacionais para "aumentar a pressão sobre as autoridades de ocupação [Israel] para travar a agressão e facilitar a missão do pessoal de saúde" na Faixa de Gaza.
A confirmação surgiu depois da Coordenação de Actividades Governamentais nos Territórios (COGAT, na sigla em inglês), a autoridade militar israelita responsável pelos territórios palestinianos, ter anunciado que as vacinas tinham entrado na Faixa de Gaza através da passagem de Kerem Shalom em coordenação com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
"Nos próximos dias, equipas médicas internacionais e locais vão vacinar crianças contra a poliomielite que ainda não foram vacinadas em vários locais de Gaza", anunciou a COGAT, que vai coordenar a campanha, liderada pela OMS e pela UNICEF, "no âmbito das pausas humanitárias de rotina que permitirão à população chegar aos centros médicos onde as vacinas serão administradas".
As Nações Unidas, na sexta-feira, apontaram como objectivo enviar 1,6 milhões de doses de vacinas contra a poliomielite para a Faixa de Gaza. "A campanha de vacinação não será viável por si só, tendo em conta a falta de saneamento, água potável, produtos de higiene pessoal e a disseminação de esgotos entre as tendas dos deslocados", avisou, na altura, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
O caso de poliomielite detectado a 16 de Agosto - o primeiro na Faixa de Gaza em 25 anos - já causou a paralisia do bebé de 10 meses, não vacinado, cuja vida corre perigo, informou o secretário-geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos.
Philippe Lazzarini apelou a uma pausa nos combates para poder realizar a campanha de vacinação em segurança. A 19 de Julho, a OMS confirmou a descoberta do poliovírus em amostras ambientais que recolheu em Gaza, o que levantou receios de um surto no enclave.
Para além da poliomielite, existe uma elevada incidência de doenças infecciosas da pele, bem como de diarreia e um surto de mais de 40 mil casos de hepatite A, que se propagou especialmente em campos de deslocados sobrelotados.
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