O escritor José Mena Abrantes explicou, quinta-feira, no Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAAN), em Luanda, a importância que o amadurecimento da escrita tem para o aumento da qualidade das obras literárias nacionais.
O interlocutor destacou, por exemplo, que publicou o seu primeiro livro aos 41 anos, por já entender, na altura, a importância do aperfeiçoamento contínuo do texto. "E hoje tenho quatro livros de ficção, três de poesia e 20 de teatro”.
José Mena Abrantes deixou um conselho aos aspirantes a escritores. "Por enquanto, guardem, ainda, a esferográfica e leiam muito. Quando sentirem que têm alguma coisa original para comunicar, peguem a esferográfica e escrevam, reflictam o que escreveram e publiquem, sem pressa nenhuma”, sublinhou.
Ao longo da conversa, José Mena Abrantes, que também é dramaturgo e escritor com 20 livros de teatro, deu uma avaliação positiva aos espectáculos teatrais produzidos em Angola.
Segundo o dramaturgo, actualmente há uma diversidade de assuntos retratados nas peças, um dado incomum há alguns anos. Para Mena Abrantes, deve-se continuar a produzir espectáculos em massa e promover o teatro nacional.
O momento de conversa serviu para Mena Abrantes partilhar algumas experiências da sua carreira como escritor, incluindo algumas desavenças com outros escritores renomados nacionais.
José Manuel Feio Mena Abrantes nasceu em Malanje a 11 de Janeiro de 1945 e é jornalista, dramaturgo, director e escritor de ficção, teatro e poesia, que se licenciou em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Começou a fazer teatro em 1967 no Grupo Cénico da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, onde trabalhou com o luso-brasileiro Luís de Lima, o português Fernando Gusmão e o argentino Adolfo Gutkin. Com este último fez, na Fundação Gulbenkian, em 1969, cursos de Actuação e Direcção Teatral.
Fora de Portugal, frequentou em 1972, em Louvain, Bélgica, seminários de teatro, dirigidos pelos teatrólogos franceses Denis Bablet e Bernard Dort.
Na Alemanha Federal, em 1973, dirigiu um grupo de estudantes e trabalhadores espanhóis. De regresso a Angola, foi co-fundador da ANGOP, onde esteve até 1983. Trabalhou a seguir na Cinemateca Nacional. Trabalha, desde 1987, nos Órgãos Auxiliares do Presidente da República. Foi co-fundador dos grupos teatrais Tchinganje e Xilenga. Criou, em 1988, o Elinga Teatro, que dirige até hoje.
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